Tenente-coronel da PM de Goiás acusado de matar médico é preso no MS

Em cumprimento a mandado expedido pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, o tenente-coronel da Polícia Militar de Goiás Davi Dantas foi preso, no sábado (11), no interior de Mato Grosso do Sul. Ele é acusado de ter matado o médico Marcelo Pacheco de Brito em 2004. Na época, o corpo foi encontrado dentro de um carro com um tiro na nuca, no estacionamento da rodoviária de Goiânia.

Davi foi preso durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Mundo Novo, município distante 462 quilômetros de Campo Grande. O mandado de prisão foi expedido em 2016.

Para o advogado Rodrigo Lustosa, que defende Dantas junto com o colega Douglas Messora, não há razão para a prisão preventiva do tenente-coronel. “O caso dele serve para indicar como a mudança de posição do Supremo Tribunal Federal, que passou a admitir o cumprimento da pena antes da final condenação, pode gerar injustiças”, argumenta Lustosa.

O advogado sustenta que Davi Dantas foi condenado em um processo em que não há provas e que, em função disso, tem grandes chances de ter seu julgamento anulado pela Suprema Corte, mas mesmo assim terá de aguardar preso até o julgamento final, segundo o recente entendimento do STF. “Sabemos que trabalhamos contra a tendência jurisprudencial do momento, mas vamos empregar todas as ferramentas legais para sua liberdade. É uma questão legal e, sobretudo, de justiça”, conclui Lustosa.