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O forte tremor de terra de 8,4 graus de magnitude registrado na noite dessa quarta-feira (16) no Chile, deixou pelo menos oito mortos e 1 milhão de pessoas desalojadas devido ao alerta de tsunami. O sismo, seguido de pelo menos 40 réplicas, ocorreu no Oceano Pacífico diante da costa do país, a 15,7 quilômetros de profundidade e a uma distância de 229 quilômetros da capital, Santiago, segundo informações do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).
Ondas de até quatro metros inundaram comunidades costeiras. Milhares de chilenos passaram a noite em áreas elevadas, esperando que as autoridades suspendam o alerta de tsunami em mais de 4 mil quilômetros de costa. Aa população deslocou-se para áreas seguras, situadas a mais de 30 metros acima do nível do mar, informou a agência EFE.
Cerca de 135 mil residências nas regiões mais afetadas ficaram sem energia elétrica, e pouco mais de 3 mil famílias tiveram o abastecimento de água potável prejudicado. Até o momento, duas mulhers e três homens morreram em razão de deslizamentos ou de paradas cardíacas. Uma pessoa está desaparecida.
Os desdobramentos do terremoto foram sentidos em vários países da América do Sul, inclusive no Brasil, em cidades como Fortaleza, Belém, Porto Alegre, além de outros municípios de Minas Gerais e do Maranhão. Em São Paulo, o sismo foi sentido nos altos edifícios da avenida Paulista, na capital, e nas cidades de Campinas e Santos.
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, irá até as regiões afetadas. Ela ainda não decidiu se vai declarar estado de exceção, como ocorreu em terremotos anteriores, afirmando que “até agora, acreditamos que não seja necessário”. Ela disse, porém, que os locais atingidos serão declarados “zona de catástrofe”, o que permite o envio de ajuda com maior rapidez.
Vítimas
Segundo o subsecretário do Ministério do Interior, Mahmoud Aleuy, os mortos são Lissette Araya Silva, de 35 anos, que morreu após o colapso de um teto; Victoria Gloria Jofré, de 20 anos, vítima de um deslizamento de rochas e Luis Damaris, de 67 anos, que faleceu no hospital em Valparaíso após sofrer um infarto. A eles se somam Renato Salazar Díaz, de 91 anos, e Humberto Fernández, de 81, que também morreram por problemas cardíacos.
“Lamentamos a morte de cinco cidadãos chilenos, apresentamos as condolências do governo a todas as famílias. Estimamos em 1 milhão o número de pessoas retiradas de suas casas”, disse Aleuy.