CASA VERDE AMARELA

Teto de casa de programa do governo federal desaba com 2 dias de inauguração

"Sonho que virou pesadelo", diz moradora

Teto de casa de programa do governo federal desaba com 2 dias de inauguração (Foto: Arquivo Pessoal)

“Sonho que virou pesadelo”, diz moradora de apartamento inaugurado há dois dias pelo presidente Bolsonaro (sem partido), que o forro do teto desabou e fez com que o local fosse inundado. Parte do programa Casa Verde Amarela desabou, o imóvel fica em Juazeiro do Norte (CE).

Ao G1, a diarista Raquel Gonçalves, que vive na residência, disse que a mãe estava deitada no quarto dela quando ouviu um barulho e “começou uma cachoeira de água”. “O teto caiu, a casa ficou alagada, minha mãe ficou muito assustada, com a pressão baixa, aí ela correu, se trancou no banheiro e gritou pedindo ajuda.”

A mulher, já idosa, recebeu ajuda e vizinhos e não se feriu, segundo Raquel. “Era o sonho da casa própria que acabou virando pesadelo.” Raquel também diz que o apartamento tem rachaduras pelas paredes.

Ao portal Metrópoles, a Caixa Econômica informou, em nota, que um problema na caixa d’água da umidade danificou o forro.

Nota na íntegra da Caixa sobre o teto danificado

“A CAIXA informa que o Residencial Padre Cícero II, contratado no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida – FAIXA I – FAR , teve um problema na caixa d’água em uma das casas do residencial. A água da caixa d’água desta unidade vazou pelo forro, que cedeu parcialmente.

O banco esclarece que, assim que tomou conhecimento, acionou a construtora responsável, que já efetuou os reparos necessários.

A CAIXA informa, ainda, que disponibiliza o canal De Olho na Qualidade para atendimento a reclamações sobre possíveis danos físicos e vícios construtivos nos imóveis dos empreendimentos do Programa Minha Casa Minha Vida, através do telefone gratuito 0800-721-6268 ou pelo site www.caixa.gov.br na opção Fale Conosco. Pelo canal, a construtora é acionada para promover os reparos de sua responsabilidade.”

Encarregado

Ao Portal O Povo, o encarregado de manutenção da construtora, Eliano Santos, disse que a tubulação em 90 graus se descolou e somente uma perícia deve indicar as razões. “Foi uma fatalidade que não se poderia prever. O cano foi mal colocado e a pressão alta da água fez com que a cola do cano se rompesse.”

Ele acredita que a perícia deve indicar se foi pouca cola no procedimento utilizada, uma vez que garante que o processo de colagem foi feito de forma correta.

A família perdeu os móveis novos do quarto, como guarda-roupa e cama; além de fogão, na cozinha, também recém comprado. Os moradores receberam as chaves na sexta-feira (13) e se mudaram no sábado (14).