TJ-GO implanta sistema de digitalização de processos
Programa de informatização economizará recursos e tornará a Justiça goiana mais rápida e eficiente
O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) apresentou na manhã desta quarta-feira (29/06) o programa de informatização que está sendo implantado na justiça estadual. “A implantação do Sistema de Processo Digital é um marco histórico para o Poder Judiciário de Goiás. Significa que estamos acabando de vez com o uso do papel”, disse o presidente do TJ-GO, desembargador Leobino Valente Chaves.
Leobino Chaves ressaltou a qualidade do sistema que está sendo implantado, afirmando que é um dos mais modernos e eficientes da América do Sul. Segundo ele, a Justiça de Goiás há muito tempo vem se empenhando para implantar um programa que atenda a evolução tecnológica vivida pela sociedade. “O Sistema de Processo Digital tornará a Justiça goiana ainda mais eficiente, eficaz e efetiva”, disse.
O presidente do TJ-GO ainda reiterou que a mudança das varas cíveis para o novo Fórum cível, que está sendo construído no Park Lozandes e cuja inauguração tem previsão para o fim deste ano, será feita sem nenhum processo físico.
A desembargadora Amélia Martins Araújo, presidente da Comissão de Informatização do TJGO, anunciou que a partir do dia 4 de julho não será mais permitido ajuizamento de novas ações por meio físico nas unidades das Varas Cíveis e Cíveis Ambientais da comarca de Goiânia, mas apenas de forma eletrônica. Ela explicou que o Sistema já foi implantado em todas as varas das Fazendas Públicas Estaduais e Municipais da capital e que, a partir de 1º de agosto, será a vez das Varas de Família e no TJ-GO.
Amélia Martins Araújo revelou também que assim que for concluída a implantação nas varas cíveis de Goiânia, terá início nas varas criminais. Com relação às comarcas do interior, o processo será levado primeiramente a Aparecida de Goiânia e Anápolis.
Agilidade
Para o diretor do Foro da comarca de Goiânia, juiz de direito Wilson da Silva Dias, a preocupação da administração comandada pelo desembargador Leobino Valente Chaves foi a de garantir a prestação de serviço de excelência aos jurisdicionados. “O Sistema de Processo Digital é um dos elementos nesta difícil tarefa de prestar justiça de forma célere”, afirmou. Ele explicou também que a informatização vai proporcionar economia financeira, já que vai abolir a utilização de vários insumos, além de reduzir o fluxo de usuários nas instalações físicas.
De acordo com o diretor do Foro da capital, Goiânia é a primeira comarca a receber o Sistema de Processo Digital por responder por 40% do movimento processual de todo o Estado. Wilson Dias destacou que o Judiciário goiano tem avançado mais que outros tribunais na implantação do processo digital. “Enquanto que a maioria dos outros tribunais tem trabalhado com o processo eletrônico e com o de papel, sem ter feito a digitalização, o TJ-GO tem avançado mais nessa implantação, tornando todo o sistema processual digital”, comparou o diretor do Foro da comarca de Goiânia.
Economia
A implantação do Sistema de Processo Digital vai proporcionar economia de recursos financeiros, já que será abolido o uso do papel, bem como reduzirá o fluxo de usuários nas instalações do Poder Judiciário. Nas Varas de Fazendas Públicas, que já recebem, desde o dia 5 de abril, o ajuizamento e peticionamento eletrônico, houve redução de até 70% no atendimento ao público. “O sistema representa um alívio na alta demanda dos juízes e servidores da capital”, afirmou Wilson Dias.
Digitalzização
Aliado à tecnologia do novo sistema eletrônico que vem sendo adotado no Judiciário goiano, todo o acervo processual da comarca de Goiânia está sendo digitalizado desde novembro de 2015. O procedimento teve início com o acervo das Varas das Fazendas Públicas Estaduais e Municipais, que já tiveram 80% de processos digitalizados.
A partir de julho terá início o trabalho de digitalização dos processos das 19 serventias cíveis da comarca de Goiânia. Com um total de 162.516 processos no acervo daquelas unidades judiciárias, a previsão é que sejam digitalizadas mais de 34 milhões de páginas. Já das seis Varas de Família e Sucessões, que conta com um total de acervo processual de 29.657, serão digitalizadas cerca de 6 milhões de páginas.