Golpismo

‘Tomada de poder só poderá ocorrer em 2026’, diz ministro sobre atos marcados para este domingo (8)

Ministro e todo o governo prometem ações duras contra extremistas que convocaram atos para ‘tomada de poder’ em Brasília

Com a retomada de atos extremistas contra o novo governo programados para este domingo em Brasília, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que espera que a polícia não precise atuar e destacou que a “tomada de poder” só poderá ocorrer em 2026, com uma nova eleição presidencial.

“Queremos que a lei prevaleça e não haja crimes. Estou em Brasília, espero que não ocorram atos violentos e que a polícia não precise atuar. ‘Tomada do Poder’ pode ocorrer só em 2026, em nova eleição”, disse o ministro, em sua página oficial no Twitter.

O protesto de extremistas na capital foi convocado pelas redes sociais. A Esplanada dos Ministérios foi fechada, mas ainda mostra pouca movimentação.

Relatórios de inteligência em poder do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicam que 100 ônibus com 3.900 pessoas chegaram a Brasília para retomar os protestos contra a eleição do petista.

A nova leva de manifestantes a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reverte o movimento de desmobilização do acampamento dos extremistas na frente do QG do Exército na capital.

Diante das ameaças, ontem, o ministro da Justiça autorizou a atuação das Força Nacional em Brasília, para reforçar o trabalho da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e das polícias do Distrito Federal.

Neste domingo, 8, Dino também disse que conversou neste sábado com governadores, inclusive da oposição, sobre a retomada dos protestos. Houve atos em São Paulo e em Belo Horizonte (MG) nos últimos dias.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em São Paulo e manteve o retorno para Brasília no fim do dia. A assessoria do presidente divulgou a agenda do petista sem alterações.

Pelas redes sociais, os grupos que organizam os atos em Brasília alegam que não pretendem depredar nada, mas falam em intervenção militar e enfrentamento ao governo. Uma “pauta unificada” foi distribuída em grupos para explicar o que os extremistas querem.

“O que deve ser nosso Movimento daqui pra frente? Desobediência Civil; Qual o nosso objetivo imediato? Limpeza dos 3 Poderes; Quais os nossos objetivos finais? Impedir a implantação do Comunismo ou Socialismo no Brasil e erradicar a Corrupção; Qual a nossa exigência? Intervenção imediata das Forças Armadas; Quais as nossas ações? Ocupar a Praça e as Edificações dos Três Poderes, bloquear todas as refinarias, paralisar o transporte rodoviário, paralisar as atividades industriais, comerciais e agropecuárias, e suspender todos os pagamentos de impostos”, diz o texto.