Trabalhadores recebem indenização milionária paga por indústria química

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e de Materiais Plástico de Goiás (Sind.Q.F.P-GO) iniciou, nesta quarta-feira (18), os repasses de uma indenização de R$ 1,2 milhões para cerca de 190 trabalhadores. O dinheiro, pago pela antiga multinacional brasileira, QualyQuim, vem de condenação trabalhista por não oferecer prêmio de assiduidade entre os anos de 2010 e 2015, estabelecido em convenção coletiva.

O advogado do sindicato, Luiz Antônio Araújo, explica que a entidade havia negociado em acordo coletivo, há alguns anos, o pagamento de um adicional de assiduidade de 7% sobre o salário dos trabalhadores. “A empresa se negou a pagar por muito tempo, então o sindicato entrou com a ação com objetivo de fazer com que os funcionários recebessem a verba regularmente e também o valor que não havia sido pago nos anos anteriores”, detalha.

O prêmio de assiduidade é um benefício pago à funcionários com desempenho consistente no trabalho, sem atrasos e sem faltas injustificadas, explica o advogado.

A condenação ocorreu no final do ano passado. Atualmente a indústria recebe o nome de Fertiláqua, localizada na Cidade Ocidental, entorno do Distrito Federal. A primeira assembleia, após o depósito judicial por parte da empresa, ocorreu na última segunda-feira (16), em frente a Fertiláqua.

De acordo com o presidente do Sindicato, Sebastião Ferreira, o benefício foi garantido em Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). “Todos os anos renovamos as cláusulas que beneficiam o trabalhador e o documento é assinado pelo sindicato que representa o patronal, por isso, sempre é de ciência de todas as partes as obrigações trabalhistas”, explica.

Para receber o dinheiro, os contemplados devem acessar o site da entidade para confirmar se o nome está na lista. Caso esteja, deverá encaminhar os dados pessoais e o número de uma conta bancária. O valor será pago proporcionalmente ao tempo trabalhado na empresa.

Procurada pela reportagem, a empresa Fertiláqua, antiga QualyQuim, não se posicionou até a publicação desta matéria.