‘Trafigata de Curitiba’ escapa de atentado a tiros no Paraná; veja
A Polícia Civil do Paraná investiga o atentado a tiros contra Camila Marodim, 27, conhecida popularmente como…
A Polícia Civil do Paraná investiga o atentado a tiros contra Camila Marodim, 27, conhecida popularmente como “trafigata”, que ocorreu na última segunda-feira (31). Investigada por tráfico de drogas, associação ao tráfico e lavagem de dinheiro, ela nega os crimes e, atualmente, cumpre prisão domiciliar.
De acordo com Claudio Dalledone, que atua na defesa de Camila, ela chegava em casa acompanhada do padrinho de um de seus filhos, após ir ao supermercado, quando pessoas que estavam em outro automóvel atiraram cerca de 20 vezes em direção à dupla.
Imagens de câmeras de segurança mostram quando o carro branco em que eles estavam para na frente da residência de Camila. Os dois descem e, segundos depois, ocorrem os disparos.
O homem abre o portão e corre para dentro da casa. Num primeiro momento, Camila consegue se esconder no veículo e escapar dos tiros. Depois, ela também entra no imóvel. Os criminosos não aparecem na filmagem.
O homem foi atingido por três tiros e seguia na UTI até a noite desta quinta (3), disse o advogado.
Ainda segundo o defensor, o homem havia levado Camila até o mercado, em perímetro autorizado na ordem de prisão domiciliar.
À Folha, Delladone culpou o monitoramento eletrônico pelo atentado, argumentando que ele foi o responsável por apontar o local exato em que a mulher estava morando, após trocar de endereço ao menos outras duas vezes ao se sentir perseguida.
“No momento que a tirava da penitenciária feminina, eu já anunciava isso. Então, o atentado dela nada mais é do que a crônica de uma tragédia anunciada. O monitoramento [da] tornozeleira para resguardar a prisão domiciliar dela quase foi a razão da morte dela.”
O advogado disse que, depois do ataque, não vislumbra mais garantia de segurança para a mulher continuar morando no Paraná. “Estamos estudando para endereçar ao juiz que conceda a ela liberdade para que possa se deslocar a um outro estado e lá permanecer com uma sensação um pouco maior de segurança.”
Delladone afirmou que a vida da mulher mudou em três meses, período em que viu o marido ser executado no aniversário de um ano do filho, foi presa, e, agora, vítima de tentativa de homicídio.
“Tenho trocado informações com o delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, e eu creio que, na toada que se encontra, que nos próximos dias nós já teremos os algozes, os atiradores, na cadeia”, acrescentou Delladone.