“Transporte público de Goiânia é mafioso”, diz Alysson ao Mais Goiás e Bandnews
Teve início nesta quarta-feira (14) a série de sabatinas com os candidatos a prefeito de…
Teve início nesta quarta-feira (14) a série de sabatinas com os candidatos a prefeito de Goiânia. A iniciativa é do Mais Goiás, em parceria com a Band News FM e com o apoio da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio-GO). A entrevista foi feita pelos jornalistas Alexandre Bittencourt, Rosane Kotoski e Tainá Borela.
O primeiro entrevistado foi o candidato Alysson Lima, do Solidariedade. Alysson tem 45 anos e é natural de Londrina-PR e é formado em Marketing pela Universidade Norte do Paraná. Como jornalista, trabalhou em rádio e em televisão em programas populares. Sua trajetória política teve início em 2016, quando foi eleito vereador pela capital. Em 2018, saiu da Câmara Municipal e se elegeu como deputado estadual.
A primeira pergunta dirigida ao candidato foi sobre o cumprimento integral do mandato de prefeito, levando em conta que ele saiu da Câmara para a Assembleia e, se eleito, sairá de lá para o Paço Municipal.
Alysson ressaltou que sempre teve sua trajetória marcada em Goiânia e na região metropolitana e fez o compromisso de cumprir o mandato de prefeito até o fim. “É uma outra dimensão. Estou assumindo publicamente o compromisso de ir até o fim no meu mandato de prefeito, coisa que eu não fiz ao me candidatar a vereador ou a deputado. no meu mandato de vereador”.
O candidato também falou sobre sua atuação dele como deputado estadual. Perguntado sobre um discurso feito antes de tomar posse na Assembleia, no qual afirmou que poderia tender tanto à oposição quanto à base do governo Caiado, Alysson afirmou que possui um perfil independente.
“Votei no governador Ronaldo Caiado independente de qualquer coisa. Não devo nenhum favor a Ronaldo Caiado”, ressaltou o candidato. Ele afirmou também que os projetos da Reforma da Previdência e dos cortes na educação apresentados pelo governo o fizeram mudar de ideia.
Apesar disso, ele afirmou que não é inimigo de Caiado e que, se eleito, terá uma relação respeitosa, mas independente com o Palácio das Esmeraldas. “Sei que uma gestão se faz com parcerias”.
Transporte público
Alysson afirmou também que o transporte público de Goiânia é o pior do Brasil, classificando-o como “mafioso”. Ele ressaltou também que as empresas não cumprem o contrato e que possuem o controle da bilhetagem, algo que, segundo ele, não acontece em lugar nenhum do país.
Para resolver a questão, ele afirmou que irá destinar R$ 50 milhões do orçamento municipal por ano para o transporte público e que exigirá contrapartidas das outras cidades da região metropolitana e do governo do estado. “Se não houver acordo, vamos municipalizar o transporte público”, reforçou.
Saúde
O candidato também comentou a situação da saúde no município, afirmando que é preciso reestruturar as unidades de saúde. Ele também afirmou que irá construir um hospital público municipal e que ele terá 80 leitos de UTI e 400 leitos no total.
Perguntado sobre custos, local de construção, Alysson se esquivou em um primeiro momento, afirmando que não é possível dar detalhes sobre a obra. Com a insistência dos jornalistas, ele disse que o hospital deve custar em torno de R$ 100 milhões e que ficaria pronto até o final do mandato.
Planejamento
Sobre a atual gestão, o prefeitável afirmou que tem um carinho grande por Íris Rezende, mas que sempre trabalhou na oposição. “Tecnicamente, a gestão do atual prefeito é um desastre”, pontuou. Ele lembrou das obras paradas em várias áreas e regiões da cidade e ressaltou que irá concluir todas realizando um pente fino nos gastos atuais.
“Dinheiro não cai do céu. Temos R$ 6 bilhões de orçamento aqui no município de Goiânia. Um orçamento que melhorou muito de dois anos pra cá […]. O secretário Alessandro Melo, antes de sair (da gestão), disse que a prefeitura tem mais de R$ 1,15 bilhão em caixa. Cadê esse dinheiro? Se está no caixa, porque as obras estão paradas?”, questionou.
Proteção da Mulher
Questionado sobre a prevenção de crimes de violência contra a mulher, o candidato afirmou que a Secretaria da Mulher é um órgão imaginário e que precisa funcionar. Ele ressaltou que o plano da prefeitura é criar uma central municipal de denúncias contra a mulher.
“As mulheres hoje se sentem ameaçadas e não tem um canal de comunicação efetivo com o poder público. Por SMS isso pode ser resolvido”. Perguntado se todas as mulheres tem um celular na mão para comunicar o crime ou a ameaça ele respondeu: “Como a prefeitura vai saber que uma mulher está sendo violentada na casa dela sem comunicação. Eu não tenho bola de cristal”, afirmou.
A sabatina completa pode ser assistida abaixo. Na próxima quinta-feira (15), o convidado será o candidato Major Araújo (PSL). Ele será entrevistado pelos jornalistas Marcos Cipriano, Rosane Kotoski e Tainá Borella a partir das 15 horas. O evento pode ser acompanhado pelas redes sociais do Mais Goiás e pela BandNews 90.7 FM.