SAÚDE

Tromboembolismo pulmonar: entenda a doença de Maurílio

Cantor morreu na última quarta-feira (29) após 15 dias internado em Goiânia

Maurílio, da dupla com Luíza (Foto: Divulgação)

O cantor Maurílio, que formava dupla com Luíza, morreu na última quarta-feira (29) em Goiânia. O músico estava internado desde o último dia 15 com um quadro de tromboembolismo pulmonar. Maurílio chegou a sofrer três paradas cardíacas.

O que é tromboembolismo pulmonar?

Segundo a médica pneumologista Roseliane de Souza Araújo, o tromboembolismo acontece quando um coágulo entope um vaso sanguíneo e impede a passagem de sangue. “Trombo” significa “coágulo”, sangue coagulado. Já “embolia” é uma espécie de corpo estranho que se movimenta pelo sangue.

“Acontece toda vez que um coágulo, que na maioria das vezes se forma nas pernas, volta da circulação periférica para a parte direita do coração e ganha o pulmão através da artéria pulmonar”, explica.

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“Pode ocorrer em pessoas que têm varizes, por exemplo, ou algum coágulo que se forma na perna. Ele se desprende dos vasos da perna e ‘viaja’ ate os pulmões. Também existe tromboembolismo gasoso, amniótico (quando acontece durante o parto), gorduroso, ou ocasionado por traumas decorrentes de acidentes. Existem vários tipos, mas o mais comum é o do coágulo sanguíneo”, continua.

Segundo a médica, o tromboembolismo pode acontecer em situações em que a pessoa fica imobilizada por muito tempo, como em longas viagens em que o indivíduo não movimenta a perna.

“Também em situações de lesão, como traumatismos, acidentes e esmagamentos. Situações quando o sangue fica mais viscoso, como desidratações, cânceres, doenças próprias do sangue, pacientes com doenças crônicas graves e em menores casos em pessoas que fazem algum tratamento hormonal”, diz Roseliane.

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Tratamento do tromboembolismo

O tratamento da doença é feito à base de anticoagulantes, remédios que fazem dissolver os coágulos. “Eles ajudam a diminuir o tamanho do trombo. Esse tipo de tratamento é estendido por até seis meses, porque sabemos que o paciente que teve um tromboembolismo corre risco de ter novamente”, explica a médica.

“Os casos com risco de morte podem ser tratados com trombólise, que é outro medicamento que rompe esse trombo. Em alguns pacientes é necessário usar um cateter para recanalizar o vaso que foi obstruído”, diz Roseliane, que afirma ainda haver tratamento preventivo.

“Por exemplo, quando uma pessoa vai ser submetida a uma cirurgia, ficando acamada durante muito tempo, pode ser aplicada a profilaxia, feito com anticoagulante, ou até a profilaxia mecânica, feita com botas e meias elásticas. Isso diminui as chances de, em uma cirurgia, a pessoa desenvolver a formação de coágulo”, conclui.

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