TSE fará campanha publicitária de combate às fake news, afirma Fux
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luiz…
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luiz Fux, afirmou nesta sexta-feira (15) que o tribunal eleitoral fará uma campanha publicitária para conscientizar a população sobre as fake news (notícias falsas).
A campanha terá como objetivo ajudar a sociedade a identificar uma notícia falsa e orientar sobre cuidados no compartilhamento. “Não é possível a leitura apenas do título, é importante ler a matéria toda. Se for uma notícia muito dramática, emocionante, tem que ver com o pé atrás. E pensar várias vezes antes de fazer o compartilhamento”, disse a jornalistas após palestra sobre o tema no VI Congresso Brasileiro de Direito Eleitoral, em Curitiba (PR).
Segundo Fux, o TSE vai exercer “poder de polícia” no caso de notícias sabidamente inverídicas que causam dano irreparável a uma candidatura. Ele afirmou que plataformas como o Facebook e o Google já assinaram um compromisso de que, tão logo notificadas pelo TSE, removerão qualquer conteúdo sabidamente falso de suas páginas. O ministro também disse que os partidos políticos assinaram um tratado de não proliferação de fake news.
“As fake news violam o voto consciente. Nada pior do que o eleitor votar desinformado ou informado por algo que não corresponde à realidade”, afirmou.
‘Decisão Pioneira’
Questionado pela reportagem sobre a validade da determinação do TSE que derrubou supostas notícias falsas contra a pré-candidata Marina Silva (Rede), Fux afirmou que a decisão foi liminar e que ainda será apreciada no colegiado.
“Foi uma decisão pioneira. O TSE revelou quão enérgico será com essa estratégia maliciosa de vencer uma eleição através da estratégia de denegrir a imagem alheia”, disse.
No último dia 7, o órgão decidiu pela primeira vez sobre fake news nas eleições deste ano. A determinação teve como base frases que tratavam suspeitas contra Marina Silva como fato.