ELEIÇÕES

TSE julga neste sábado pacote de direitos de resposta de Lula contra Bolsonaro

Sessão virtual foi convocada pelo presidente do tribunal, ministro Alexandre de Moraes

Moraes manda bloquear contas de suspeitos de atuar em atos antidemocráticos (Foto: TSE)

Os ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidem neste sábado (22) se mantêm a suspensão do direito de resposta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que deveria ser veiculado no tempo de propaganda eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Lula teria direito, a partir desta sexta-feira (21), de ocupar 164 inserções de 30 segundos reservadas originalmente a seu opositor para rebater acusações de ter envolvimento com o crime e sobre ter sido o mais votado em presídios.

Na noite de quinta (20), porém, a ministra Maria Claudia Bucchianeri acolheu recurso apresentado pela campanha de Bolsonaro e suspendeu, até que o plenário do TSE decida sobre o caso, os efeitos da decisão que ela mesmo havia dado de conceder esse direito de resposta.

O TSE, então, marcou sessão virtual para sábado. Os ministros vão apresentar os votos pela internet, sem a necessidade de reunião presencial.

Como mostrou a coluna Mônica Bergamo, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, tentou costurar um acordo entre as campanhas.

Ele chamou os advogados tanto de Lula como de Bolsonaro para uma reunião na quinta e propôs que ambos cessassem os ataques nas propagandas.

Além das 164 inserções que estão suspensas, Lula recebeu o direito de responder a acusação de ser “ladrão” e “corrupto” em outras 20 propagandas com a mesma duração na janela originalmente reservada a Bolsonaro.

Bolsonaro ganhou dois direitos de resposta que lhe renderam 22 inserções de 30 segundos no horário do petista. Em 14 entradas, o candidato vai rebater acusações que o associam ao canibalismo. Nas outras 8, poderá reagir a afirmações de que defende o aborto, feitas pela campanha de Lula.

O presidente ainda recebeu 2 minutos e 8 segundos de uma propaganda em bloco de Lula para responder sobre ter ligação com a milícia, “rachadinha”, entre outros temas. O TSE ainda não detalhou quando as respostas de Bolsonaro vão ao ar.