Tumor board – discussão multidisciplinar ganha espaço no tratamento oncológico
Câncer é uma palavra carregada de significados, não é mesmo?! Apesar disso, é muito importante…
Câncer é uma palavra carregada de significados, não é mesmo?! Apesar disso, é muito importante falar a respeito da doença, a fim de conscientizar a população sobre a possibilidade de evitá-la. Em fevereiro, a Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC) publicou relatório com estatísticas atuais de incidência e estimativas para 2040, em todo mundo.
Com dados de 2020, a entidade revelou cerca de 19 milhões de novos casos de câncer são descobertos, sendo de mama e de pulmão os mais comuns. Em 2040, no entanto, a estimativa é de que esse número suba para impressionantes 28 milhões de pessoas. Ainda analisando o ano de 2020, o Instituto Nacional de Câncer, ligado ao Ministério da Saúde, estimou a aparição de 309 mil casos em homens e 316 mil em mulheres.
O cenário goiano também impressiona, pois a entidade relatou quase 10 mil diagnósticos masculinos e mais de 11 mil em mulheres goianas. Para reduzir essas estatísticas, assim como a população precisa adotar hábitos de vida saudáveis (alimentar-se corretamente, fazer atividade física e evitar álcool e tabaco, por exemplo), os médicos também necessitam de novas estratégias. Por isso, é cada vez mais comum que equipes multidisciplinares realizem reuniões destinadas para discutir casos considerados complexos. Prática conhecida como tumor board.
“Em conversa com outros colegas, conseguimos entregar um resultado muito melhor para os nossos pacientes. Isso nos deixa mais preparados e, sem sombra de dúvidas, as pessoas que precisam de tratamento contra o câncer receberão terapias adequadas e atualizadas”, comenta o oncologista clínico do Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (INGOH), Danilo Gusmão.
Referência em atendimento oncológico no estado, em 2021, o INGOH realizou mais de 20 mil tratamentos contra diversos tipos de câncer. Como estratégia para agregar valor à Saúde local, realiza reuniões de tumor board com médicos de várias unidades destinadas ao atendimento de câncer. “Os profissionais que participam, absorvem as informações discutidas e isso faz com que adquiram vivência de diagnósticos mais raros, facilitando as decisões terapêuticas, quando se depararem com casos semelhantes aos debatidos anteriormente”, pontua.