SAUDADE

Túmulos de famosos recebem familiares e fãs neste Finados em Goiânia

O dia é de calma movimentação nos cemitérios de Goiânia, mas mesmo com lotação menos…

O dia é de calma movimentação nos cemitérios de Goiânia, mas mesmo com lotação menos intensa que em anos anteriores, há quem faz questão de comparecer – à despeito dos riscos oferecidos pela pandemia – para homenagear seus entes queridos. A necessidade de dar um alento à saudade inevitável também se faz presente na família de famosos. A dona Carmem Divina da Costa, mãe de Leandro – da dupla com Leonardo, é uma delas.

O túmulo do cantor, no Cemitério Jardim das Palmeiras, na capital, amanheceu com flores coloridas decorando o ornamento original do jazigo, uma viola, em referência à vida artística que seu ocupante levava. Leandro morreu em 1998, vítima de um câncer de pulmão. Familiares do artistas preferiram não dar entrevistas.

A saudade da voz e da contribuição musical de Leandro também estimulam a visitação de fãs, que, embora desconhecidos marcam presença em cada Dia de Finados. O apresentador e locutor de rodeios Baixinho Reis, que pediu para não divulgar sua cidade de origem, viaja quilômetros do interior de Goiás para a capital há 22 anos, apenas com o propósito de homenagear artistas.

Homenagem do berranteiro ao cantor Leandro (Foto: Jucimar de Sousa/Mais Goiás)

A primeira parada do dia dele nesta segunda-feira (2), também ocorreu no túmulo de Leandro, onde ele tocou berrante para saudar a música sertaneja. “Goiás é uma sede para a música caipira, romântica e sertaneja, que atravessa gerações e parte para a eternidade. A mensagem que quero passar com meu berrante é um cumprimento ao cantor que nos deixou muito amor e alegria através de suas músicas”.

Dois outros túmulos que o berranteiro costuma visitar são os do também cantor Cristiano Araújo, vítima de um acidente de carro, em 2015; e o do ex-jogador de futebol Fernandão, morto em um acidente de helicóptero no ano de 2014. “Ambos são importantes pra mim, um pela música, outro pelo futebol. Aqui relembro que a vida é mais preciosa que ouro e que daqui partimos sem deixar nada. Deixamos apenas coisas boas do coração”, completa Baixinho Reis.