Apuração

UFG de Jataí vai ser investigada por suposta omissão em casos de assédio sexual e moral

A investigação surgiu a partir da recente repercussão na mídia sobre a denúncia do estupro de uma estudante por um professor do curso de Medicina Veterinária, ocorrido em dezembro de 2016

A unidade de Jataí da Universidade Federal de Goiás (UFG) vai ser investigada pelo Ministério Público Federal (MPF) em Rio Verde para apurar supostas omissões no combate às práticas de assédio moral e sexual denunciadas na unidade. A investigação surgiu a partir da recente repercussão na mídia sobre a denúncia do estupro de uma estudante por um professor do curso de Medicina Veterinária, ocorrido em dezembro de 2016, durante um congresso em Goiânia.

Além disso, também foram levantadas ações judiciais contra condutas de assédio moral cometido por docentes da UFG da mesma regional. Para investigar as ações ou omissões institucionais, o procurador da República Jorge Medeiros oficiou a Universidade solicitando o envio de lista contendo todos os casos de assédio moral e/ou sexual denunciados naquela unidade nos últimos cinco anos.

O MPF-GO cobra, ainda, que a Regional Jataí da UFG envie informações sobre a realização de cursos de conscientização com a comunidade universitária, a identificação do órgão responsável por receber as denúncias de assédio na Universidade e as providências adotadas, em caso de comprovação da prática.

Por nota, a Universidade Federal de Goiás (UFG) informou que já foi aberto Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar a denúncia de estupro envolvendo membros da comunidade universitária da Regional Jataí. “A UFG reforça que repudia qualquer forma de violência e que tem tratado com prioridade as denúncias referentes a possíveis casos de assédio moral, sexual e outros tipos de violência ocorridos dentro da instituição”, diz o texto.

A instituição ainda não se manifestou sobre a investigação do MPF-GO.