SEGUNDA VEZ

UnB suspende novamente youtuber que ataca professores e alunos

Wilker Leão foi suspenso por 60 dias de todas as disciplinas em que está matriculado e impedido de frequentar as dependências da instituição

UnB suspende novamente youtuber que ataca professores e alunos
UnB suspende novamente youtuber que ataca professores e alunos (Foto: Reprodução)

A Universidade de Brasília (UnB) suspendeu por mais 60 dias, pela segunda vez, o youtuber Wilker Leão. A cautelar teve assinatura da reitora Rozana Reigota Naves na manhã desta segunda-feira (24), ocasião de retorno das aulas na instituição.

Com a decisão, o aluno fica afastado de todas as disciplinas em que está matriculado e impedido de frequentar as dependências da instituição. Ele terá 10 dias para se manifestar sobre o despacho.

Essa é a segunda suspensão de Wilker. Em dezembro de 2024, ele foi suspenso após gravar aulas sem autorização de professores para tumultuar e lançar no YouTube. O intuito era ganhar dinheiro com as visualizações na plataforma. O youtuber ficou famoso por chamar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de “tchutchuca do Centrão” e gerar confusão no “cercadinho”, em frente ao Palácio da Alvorada, quando ele conversava com apoiadores.

Wilker na UnB

Em agosto de 2024, uma professora registrou um boletim de ocorrência contra Wilker. Ela o acusava de gravar as aulas e postar trechos descontextualizados. Em setembro, alunos o acusaram de vazar dados pessoais de colegas da universidade e incentivar seguidores a praticarem invasões e agressões. O youtuber tem mais de 900 mil seguidores.

No mês de dezembro, ele foi suspenso das aulas de História do Brasil 1 e História da África por 60 dias. Na decisão, a reitora considerava que as gravações geravam “prejuízo ao regular andamento de disciplinas”. Nas redes sociais, Wilker alegava que era perseguido. “[O processo] foi feito sem sequer me dar direito ao contraditório e à ampla defesa.”

Reincidente

Apesar de suspenso, Wilker ia ao campus filmar funcionários pela parede de vidro da sala na instituição. Alunos faziam moções de repúdio, que eram ironizadas por seguidores do youtuber. Alguns, inclusive, foram alvos de denúncia, uma vez que enviavam mensagens em tom intimidador a estudantes.