União Brasil suspende filiação de prefeito de Iporá após falas golpistas; gestor pede desculpas
O gestor do município disse que o presidente eleito Lula (PT) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, deveriam ser "eliminados"
O presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, suspendeu a filiação do prefeito de Iporá, Naçoitan Leite, após falas golpistas que viralizaram nas redes sociais. O gestor do município do Oeste goiano chega a dizer que o presidente eleito Lula (PT) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, deveriam ser “eliminados”. Em novo áudio, ele pede desculpas.
Em nota, o União Brasil considera de “extrema gravidade” a manifestação pública do prefeito. O partido salienta que o gestor tem o poder-dever de acionar forças policias para conter atos antidemocráticos, por isso, enquanto presidente da sigla, Luciano Bivar decidiu por suspender a filiação de Naçoitan.
No entanto, a suspensão ainda precisa passar por uma deliberação da Comissão Executiva Nacional do União Brasil.
Eliminação
Na gravação de 32 segundos, o prefeito diz que é preciso eliminar Alexandre de Moraes, bem como os responsabiliza por “acabar com o Brasil”. Ele ainda completa, dizendo que a vitória de Lula levará o País a uma guerra civil.
“Nós temos que eliminar o Alexandre de Moraes e o Lula, dois homens que estão acabando com o Brasil, vai virar uma guerra civil por causa de dois homens, então vamos arregaçar as mangas ou é agora ou vamos virar a Venezuela ou pior que a Venezuela”, diz no áudio.
Desculpa
Após a repercussão negativa do áudio, Naçoitan soltou uma nova fala em que se defende dizendo que se trata de uma eliminação política, “das suas funções”.
“Estou explicando que é ‘eliminar de suas funções’. Entendeu?! Se eu não puder nem falar que a pessoa tenha que ser eliminada das suas funções, então fica difícil de morar nesse país. Não podemos nem conversar”, explica e pede desculpas a quem tenha interpretado de outra forma.
Polêmicas
O prefeito de Iporá coleciona querelas públicas. Ele chegou a ser condenado por abuso de poder econômico e afastado do cargo, mas foi reconduzido por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em 2020 chegou a chamar o governador Ronaldo Caiado (UB) de ditador após medidas do governo estadual para conter a proliferação da Covid-19 em Goiás, mas pediu desculpas e se reaproximou do chefe do Executivo estadual.