Criptografia

União Europeia aprova maior proteção de dados

Na contramão dos EUA, Europa aprova maior segurança individual na rede

Enquanto vários países, incluindo o Brasil e os EUA, querem impor maior controle e vigilância sobre os dados pessoais de seus cidadãos, a União Europeia segue no caminho oposto. O Parlamento Europeu e a BBC divulgaram a aprovação de maior segurança de dados para quaisquer empresas estabelecidas em território europeu. A ideia é tornar a informação mais segura e transparente, sendo assim, as empresas precisam ter seus dados mais organizados e claros, oferecendo ao cidadão comum maior acesso e controle sobre os próprios dados.

 

A lei foi proposta inicialmente há quatro anos e vem para substituir a legislação ultrapassada anterior que é de 1995, bem antes da banda larga e das redes sociais. Com ela, a Europa espera reforçar o ‘direito ao esquecimento’ virtual do cidadão, forçando empresas a requerer em seus sites o mínimo de informação pessoal possível. Esse lance de ter que botar o seu CPF e RG em qualquer site? Nunca mais, a não ser que seja realmente necessário. A ideia é aumentar e garantir a privacidade do consumidor. Pense assim: um site bancário é altamente projetido, mas quantas lojas virtuais possuem defesas rudimentares? Sem muito esforço, hackers podem obter toda a informação bancária e documentação de uma pessoa.

 

Outra mudança é que os sites que precisam de informações pessoais agora são obrigados a terem softwares atualizados de proteção. Mais que isso: em caso de hack, eles são obrigados a informarem o público em no máximo 72h, independente da situação. Também foi criado um sistema para padronizar e facilitar a relação e troca de informações entre forças policiais da União já que antes investigações envolvendo mais de um país podiam atolar em burocracia. A lei entra em vigor em todos os países em abril de 2018, dando a todos os membros dois anos para se adaptar e reorganizar suas leis e documentação.