Após Carne Fraca

Unidade da JBS de Senador Canedo retoma atividades nesta segunda-feira (24)

No município goiano -- e nas demais unidades --, os funcionários tiveram decretadas férias coletivas de 20 dias no último dia 3 como forma de ajustar a capacidade da empresa às restrições impostas as setor de abates brasileiro

A JBS retoma nesta segunda-feira (24) as operações em seis das dez unidades que estavam com os trabalhos interrompidos após a deflagração da Operação Carne Fraca. Entre as listadas está a unidade de Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia.

No município goiano — e nas demais unidades –, os funcionários tiveram decretadas férias coletivas de 20 dias no último dia 3. Na ocasião, a empresa informou por nota que a medida seria tomada em uma unidade de São Paulo, três de Mato Grosso do Sul, quatro de Mato Grosso, uma do Pará, além da já citada em Goiás. Foi comunicado também que o prazo de férias poderia ser prorrogado por mais dez dias.

O período de recesso foi determinado como forma de ajustar a capacidade da empresa às restrições impostas as setor de abates brasileiro após a constatação de irregularidades pela Polícia Federal. As operações nas outras quatro unidades em que as férias permanecem em vigor serão retomadas no dia 2 de maio “em função de reformas, ajustes operacionais e modernizações de equipamentos”, segundo a empresa.

As unidades que voltam a operar nesta segunda são: Alta Floresta (MT), Juína (MT), Pedra Preta (MT) e Tucumã (PA), Nova Andradina (MS) e Senador Canedo (GO). Em 2 de maio, voltam a operar as unidades de Lins (SP), Anastácio (MS), Naviraí (MS) e Diamantino (MT).

Operação

Com o objetivo de desarticular um esquema de corrupção envolvendo fiscais agropecuários a serviço do Ministério da Agricultura e donos de frigoríficos nos estados do Paraná, de Minas Gerais e Goiás, a Operação Carne Fraca foi deflagrada no dia 17 de março.

Ao todo, foram expedidos 27 mandados judiciais de prisão preventiva, 11 de prisão temporária, 77 de condução coercitiva e 194 de busca e apreensão. Ao todo, 21 frigoríficos são investigados na operação. Além disso, o Ministério da Agricultura afastou 33 fiscais de suas atividades.