Universitária afirma que foi estuprada por motorista de aplicativo em SP
O motorista demorou cerca de cinco horas e quarenta minutos para rodar aproximadamente 17 quilômetros
Uma universitária de 20 anos afirma que foi estuprada por um motorista de aplicativo, por volta das 4h10 do último dia 25, após sair de um bar na região de Pinheiros (zona oeste). A 99 Táxi afirmou que excluiu o suspeito de seu quadro de colaboradores.
A jovem afirmou ao Agora que, antes de pedir o carro de aplicativo, estava bebendo com amigos em um bar, admitindo que exagerou no consumo de álcool. Ela pretendia ir direto para casa, na Mooca (zona leste). De acordo com a estudante, este trajeto demora cerca de 20 minutos.
Por conta do excesso de bebida consumida, a universitária afirmou que se lembra de apenas dois momentos da viagem. Em um deles, ela diz que se recorda que o carro passou pela região da Consolação (centro). Em outro, ela se recorda do motorista, com as calças abaixadas, perto dela no banco traseiro do veículo. Ela diz não lembrar o local em que houve este segundo momento de memória.
Ainda no dia 25, a estudante afirmou que acordou e sentiu dor nas partes íntimas quando foi urinar. “Desconfiei que algo poderia ter acontecido. Depois, olhei meu aplicativo e vi que a corrida tinha dado R$ 109. Gasto em média R$ 30 para fazer o mesmo trajeto”, afirmou.
Segundo o histórico da corrida feito com a jovem, o motorista demorou cerca de cinco horas e quarenta minutos para rodar aproximadamente 17 quilômetros.
A jovem procurou o hospital Pérola Byington, onde tomou um coquetel de remédios para evitar eventuais doenças sexualmente transmissíveis. Ela também realizou exames sexológicos e toxicológicos. O resultado deles fica pronto em cerca de 30 dias.
DEPOIMENTO DO SUSPEITO
O suspeito, 47 anos, prestou depoimento à polícia neste domingo (1º). Ele alegou, acompanhado de um advogado, que teria “sido seduzido” pela estudante. A jovem, no entanto, nega.
A 1ª Delegacia de Defesa da Mulher, que investiga o caso, indiciou o suspeito por estupro de vulnerável. Apesar disso, ele responde ao caso em liberdade.
O motorista trabalhava para a 99 há cerca de duas semanas.
OUTRO LADO
A 99 afirmou que, assim que soube sobre a “grave denúncia” feita pela passageira, excluiu o colaborador do aplicativo. Uma equipe também foi escalada para acompanhar o caso junto à vítima.
“A plataforma lamenta profundamente o caso e reitera que repudia veementemente esse tipo de violência. Temos uma política de tolerância zero em relação a isso”, diz trecho de nota.
O aplicativo disse ainda que oferece um “kit de segurança” que disponibiliza a opção de compartilhar a rota a ser feita pelos usuários, com contatos de confiança da pessoa.
Qualquer abuso, acrescentou, deve ser imediatamente denunciado por meio do aplicativo ou pelo telefone 0800-888-8999.