Usuários aproveitam respostas automáticas da Decolar para criticar Bolsonaro no Twitter
Usuários do Twitter aproveitaram respostas automáticas publicadas na plataforma por um robô na conta da…
Usuários do Twitter aproveitaram respostas automáticas publicadas na plataforma por um robô na conta da empresa Decolar para se manifestarem contra o presidente Jair Bolsonaro. A ação repercutiu na rede e já rendeu cerca de 70 mil menções ao nome da companhia de viagens nesta quinta-feira. Além dos opositores, o episódio chamou a atenção de apoiadores bolsonaristas, indignados com o resultado da sistematização de respostas.
Em termos gerais, internautas perceberam que a automatização da conta da Decolar no Twitter envolve um serviço de personalização de respostas. Antes de devolver textos padronizados diante de questionamentos feitos por usuários, a página oficial da empresa atua com a intenção de chamá-los pelo nome que utilizam na rede social.
Com essa dinâmica, se o interlocutor configura a própria conta para se chamar “Jair Bolsonaro”, a Decolar o responderá iniciando a mensagem com o nome do presidente da República. Dessa maneira, críticos do ocupante do Palácio do Planalto passaram a alterar suas contas para identificá-las pela expressão “Bolsonaro é Genocida”, em referência à atuação do governo diante da pandemia de Covid-19. Como resultado, esses usuários interpelaram a Decolar no Twitter e receberam respostas contendo nomes e frases desfavoráveis a Bolsonaro.
“Bolsonaro é genocida, nossa equipe está trabalhando para oferecer todas as alternativas possíveis para gerenciar sua reserva. Recomendamos que faça o seu pedido em Minhas Viagens, onde você encontrará informações atualizadas da sua viagem”, dizia uma das mensagens publicadas pela empresa.
As publicações feitas pela conta durante a exploração inusitada do serviço de personalização foram apagadas pela Decolar. Além das mensagens sobre Bolsonaro, houve movimentações que fizeram com que o robô publicasse mensagens com conteúdos ofensivos e insinuações sexuais. Não houve esclarecimento sobre o episódio na página da empresa até o momento de publicação desta reportagem.