AVANÇO

Vacina brasileira contra câncer de próstata avança e inicia testes nos EUA

O câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre homens acima dos 50 anos, atrás apenas do câncer de pele

Uma vacina inovadora desenvolvida no Brasil para o tratamento do câncer de próstata começou a ser testada nos Estados Unidos. Criada pelo médico gaúcho Fernando Kreutz, a vacina é fruto de 25 anos de estudos no Brasil e foi recentemente aprovada pela FDA (Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos) para a realização de testes clínicos em solo americano.

O tratamento se baseia na retirada de fragmentos do tumor do próprio paciente, com posterior expansão e modificação das células cancerígenas em laboratório. Essas células são então reintroduzidas no organismo, ativando o sistema imunológico para identificar e combater o câncer. A vacina mostrou resultados promissores em fases preliminares e já conta com a participação de 280 voluntários nos Estados Unidos.

Segundo Kreutz, a vacina terapêutica busca complementar tratamentos convencionais, como a cirurgia, e tem como principal objetivo evitar a reincidência da doença. Estudos indicam que ela pode garantir até 37 meses sem recorrência, um período significativamente superior ao alcançado apenas com tratamentos tradicionais.

Pesquisas no Brasil

O Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Rio de Janeiro, iniciou uma pesquisa liderada pelo médico Franz Campos para investigar por que o câncer de próstata apresenta um comportamento diferente no Brasil em comparação com outros países. O objetivo é personalizar os tratamentos, levando em conta as particularidades genéticas e ambientais da população brasileira.

O câncer de próstata é o tipo de tumor mais frequente entre os homens, depois do câncer de pele. Ele afeta a glândula localizada abaixo da bexiga, que envolve a uretra, e geralmente não apresenta sintomas em estágios iniciais. Quando diagnosticado precocemente, a taxa de cura é elevada.