Valério fazia críticas ao desempenho do Atlético-GO à época do crime, diz testemunha
Radialista André Isac da Silva, que trabalhou com a vítima, é a terceira testemunha desta segunda-feira
Pouco depois das 17h desta segunda-feira (7), o radialista André Isac da Silva começou a testemunhar no júri do caso Valério Luiz, jornalista assassinado em julho 2012. Segundo ele, próximo ao dia do crime, o colega vinha fazendo críticas ácidas ao desempenho do Atlético Goianiense e as decisões da direção do clube. “Valdivino José de Oliveira, então presidente; Maurício Sampaio, vice-presidente; e Adson Batista, diretor.”
Ele lembra que, na época da renúncia de Maurício Sampaio (acusado de ser o mandante), Valério disse que “quando o navio está afundando, os ratos vão embora”. “Foi uma frase forte, até o próprio Valério chegou a nos contar que encontrou o pai dele [Mané de Oliveira], e admitiu que se excedeu.”
Ainda segundo André, Valério e Maurício chegaram a ter boa relação antes das críticas ao clube.
Ao todo, cinco são os acusados pela morte do radialista Valério Luiz: Maurício Sampaio, Ademá Figueiredo Aguiar Filho, Urbano de Carvalho Malta, Djalma Gomes da Silva e Marcus Vinícius Pereira Xavier. Ele foi morto a tiros em 5 de julho de 2012.
O crime teria ocorrido por críticas constantes do jornalista à diretoria do Atlético Goianiense. Sampaio, que era vice-presidente, é acusado de ser o mandante. Ademá seria o executor, conforme a denúncia.
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