Vanderlan critica “dobradinha” de MDB e PT no 2° turno; adversários rebatem
Vanderlan subiu o tom afirmando partidos querem retomar união que "arrebentou com Goiânia". Coordenador de campanha de Maguito e Delegada Adriana Accorsi afirmam que declarações são sintomas de "desespero" do senador
O candidato a prefeito de Goiânia, Vanderlan Cardoso (PSD), em entrevista à rádio Sagres, na manhã desta sexta-feira (6), rebateu críticas e adotou discurso mais áspero contra adversários, sobretudo Maguito Vilela (MDB) e Delegada Adriana Accorsi (PT). O senador diz que há “dobradinha” entre os partidos visando o 2º turno. Adversários rebatem.
Durante a entrevista, Vanderlan foi perguntado pelo jornalista Rubens Salomão sobre as críticas feitas pelo programa político do PT. O senador rebateu dizendo que o partido “viu que a candidata não decola” e quer voltar com “a dobradinha MDB e PT, que arrebentou Goiânia”.
“O prefeito Iris Rezende recebeu a prefeitura do PT com dívida de R$ 1 bi e déficit anual de R$ 400 milhões e os petistas querem é voltar à prefeitura com o MDB de Daniel e Maguito Vilela. Porque o MDB de Iris Rezende não quis saber do PT, que tanto mal fez à nossa capital”, disse na entrevista.
O senador ainda subiu o tom e disse que “a petêzada está desorientada para voltar para os cargos em Goiânia”. Quando assumiram a prefeitura, a maioria foi para Aparecida de Goiânia”. Ele citou ainda alguns petistas que teriam ido para secretarias da cidade da região metropolitana.
“Essa dobradinha que arrebentou com Goiânia e que Iris acabou. Esse jogo de pesquisa e desconstrução já é um projeto do PT e MDB, dos vilelas e do grupo de Aparecida”, criticou.
Vanderlan ainda rebateu pesquisas que mostram liderança de Maguito e estagnação de seu nome na intenção de votos. Ele afirmou que levantamentos internos apontam liderança dele, que trabalha com esses resultados. “Se fossemos levar em conta pesquisas [externas], estávamos em quinto lugar em 2018. No entanto, fui eleito. Vamos continuar levando propostas para o eleitor”, pontuou.
Outros candidatos também fizeram críticas a Vanderlan em peças de propaganda. Entre eles estão Elias Vaz (PSB), Major Araújo (PSL), Talles Barreto (PSDB) e Virmondes Cruvinel (Cidadania).
“Desespero”
O coordenador-geral da campanha de Maguito, Agenor Mariano, rebate as críticas dizendo que o tom adotado é sinal do “desespero de Vanderlan”. Segundo ele, o senador caiu nas pesquisas e, “sem conseguir justificar suas próprias contradições e declarações infelizes, agora parte para esses ataques gratuitos e tenta criar factoides”.
“Uma pena que Vanderlan tenha escolhido terminar a campanha nesse nível. Mas enquanto eles atacam Maguito, vamos responder com uma campanha bonita, propositiva e com projetos consistentes, como temos feito desde o início e que é o tipo de política que nosso candidato sempre defendeu e praticou”, rebate.
“Avaliação desesperada”
Para Delegada Adriana Accorsi, do PT, Vanderlan fez uma “avaliação desesperada, absurda e preconceituosa de um candidato que está caindo nas pesquisas e que tenta, na criação de teorias conspiratórias, justificar sua falta de empatia e de compromisso com o eleitor”, disse. Adriana ressaltou que o candidato “inventa mentiras , inclusive desrespeitando o fato de que Maguito não tem como se defender, já que está em recuperação”, contra-atacou.
Para a petista, o posicionamento de Vanderlan é machista, uma vez que “ainda acredita que uma mulher que se destaca tem a orientação de um homem em suas ações”. Ela completou: “entendo o desespero de Vanderlan, afinal foi ele que defendeu o senador com dinheiro na cueca; ele que votou a favor da reforma da previdência, que tira direito dos trabalhadores do Brasil; foi ele que em entrevista garantiu que não faria escadinha no Senado para outros cargos”.
Adriana destaca que Vanderlan, em seu próprio programa, não fala que foi prefeito de Senador Canedo e “esconde” que nunca beneficiou Goiânia com um emprego sequer. “Não conhece Goiânia nem seus problemas. Ataques como o dele são desespero de quem sabe que quem estará no segundo turno serei eu e não ele, motivo mais que plausível para derrubar essa teoria lunática que ele tenta criar. Mas fake news vindo de quem apoia Bolsonaro é prática que repudiamos”, concluiu.