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O Vaticano autorizou a abertura do processo de beatificação do médico brasileiro Guido Schäffer, um seminarista que se caracterizou por seu compromisso com as causas sociais e que morreu em 2009, aos 34 anos, quando praticava surfe, uma de suas paixões.
A Arquidiocese do Rio de Janeiro, que postulou a candidatura do médico e surfista a beato, informou nesta segunda-feira em comunicado que recebeu do prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, cardeal Ángel Amato, o “Nihil Obstat”, um documento em que o Vaticano indica que não se opõe à abertura do processo de beatificação.
Agora será instalado “um tribunal para dar início aos trabalhos”, segundo o comunicado da Arquidiocese, que enviou no último mês de maio ao Vaticano o pedido de concessão do “Nihil Obstat” junto com relatos da vida do candidato “que comprovam que viveu de acordo com as doutrinas da Igreja”.
Schäffer é conhecido por alguns católicos cariocas como “o anjo surfista” por seu compromisso com as causas sociais e a luta contra a pobreza no Rio de Janeiro, assim como por sua paixão pela prancha de surfe, que não abandonou nem no seminário.
O médico, que oferecia atendimento médico e espiritual a pessoas de poucos recursos, morreu afogado no dia 1º de maio de 2009 após sofrer uma contusão na nuca quando surfava em uma praia do Rio.
Na época tinha 34 anos, trabalhava gratuitamente como médico no hospital Santa Casa da Misericórdia e estava a poucas semanas de ser ordenado como sacerdote.