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O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse neste domingo (7/09) que as declarações vazadas do depoimento do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, com acusações contra políticos da base aliada, estão sendo utilizadas para tentar “mudar o rumo” da campanha eleitoral. Em entrevista coletiva ao final do desfile de 7 de Setembro, em Brasília, Gilberto repetiu o discurso da presidente Dilma ao afirmar que não cabe ao governo tomar providências com base em especulações.
“Acho que estão tentando usar essa delação premiada, a notícia parcial de vazamento não confiável, para tentar, um pouco no desespero, mudar o rumo da campanha. Vazamento sempre é condenável, porque pode ter sido por advogado de réu para proteger algum réu e prejudicar outro”, declarou o ministro. “A gente só pode dar resposta qualificada para a pergunta quando tivermos a informação de todo o teor do inquérito que o cidadão está descrevendo para a polícia. Até lá, tudo o que se falar é muito precário”, emendou.
O ministro afirmou que é preciso aguardar a comprovação das denúncias de Paulo Roberto de que políticos da base aliada, como os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), recebiam propina em um esquema de corrupção na estatal com empreiteiras.
“O governo não pode tomar conhecimento de uma denúncia que, insisto, por enquanto, é sem nenhuma comprovação, sem nenhum fundamento. O fato de uma pessoa ser mencionada sem nenhuma prova não pode nos levar a tomar nenhuma atitude”, ressaltou.
(Com o Congresso em Foco)