Venda de camisetas da seleção brasileira em Goiânia dispara na véspera das eleições
Fátima Ferreira diz que em 25 anos em que é comerciante nunca presenciou um cenário tão bom de vendas
O número de vendas de camisas da seleção brasileira aumentou significativamente nas últimas semanas, em especial às vésperas do primeiro turno das eleições de 2022. O Mais Goiás visitou lojas da região de Campinas e do Centro de Goiânia na manhã deste sábado (1º) e conversou com comerciantes, que afirmaram que os estoques de camisetas da seleção acabaram em poucos dias de venda.
“É inexplicável. Eu comprei 1,5 mil camisetas e em uma semana vendi todas. Azul e verde vendem também, mas as amarelas é a maioria. Ontem foi extraordinário, tem hora que minha loja fica lotada de todos os lados. Tenho a loja a 25 anos, criei minha filha aqui, mas as vendas aumentaram muito nos últimos anos mesmo com a crise. Antes era só eu e meu esposo vendendo na feira Hippie, hoje tenho cinco funcionários”, explica a comerciante Fátima Ferreira.
Apesar das críticas pelo uso político e “subtração” da identidade da nação brasileira, como a exposta pelo jogador Richarlison após uma partida entre Tottenham e Sporting, a camisa se tornou um símbolo político dos representantes da Direita no país. Sobre essa simbologia, a vendedora relata que um dos motivos é que os cidadãos que se identificam com os argumentos de tal ideologia tiveram a sensação de “enxergar o Brasil”.
“Eu tenho 52 anos e nunca vi um momento como esse. Acredito que a sensação é de enxergar o Brasil. A gente nunca ligou para a bandeira, hoje já é diferente. Antes a gente era muito leiga, lidava com a votação com o “tanto faz fulano como siclano’, agora buscamos o melhor para o nosso Brasil”, afirma Fátima.
Em relação a sua expetativa para as eleições no próximo domingo (2), a comerciante comenta” Independente de quem vai ganhar, eu quero o melhor para o nosso Brasil. Eu acredito que o que tem que acontecer é o povo votar consciente”.
*Jeice Oliveira compõe programa de estágio do Mais Goiás sob supervisão de Alexandre Bittencourt