Vereadores discutem regulamentação dos CACs em Goiânia
Grupos de atiradores presentes nas galerias durante a sessão protestaram quando Clécio Alves apresentou a matéria
Tramita na Câmara Municipal um projeto que visa regulamentar o licenciamento de estandes de tiro no município de Goiânia. A sessão desta terça-feira (22) contou com a presença de Colecionadores, Atiradores e Caçadores (Cacs) nas galerias, que protestaram contra a proposta.
A matéria, de autoria do vereador Clécio Alves (Republicanos), estabelece que as instruções, cursos e avaliações que envolvam arma de fogo e munições deverão ser realizadas em estandes de tiro com alvará de localização e funcionamento expedido pela prefeitura. Além disso, prevê que não se admite estande (outdoor) em Goiânia.
O vereador Thialu Guiotti (Avante) solicitou vistas do projeto, o que foi aprovado por maioria. “O pedido de vistas serve para que possamos ouvi-los [os CACs] e fazer as emendas. Se hoje esse projeto for derrubado cabe a qualquer fiscal do município autuar, haja vista que não existe a regulamentação”, apontou.
Grupos de CACs presentes nas galerias durante a sessão protestaram quando Clécio Alves apresentou a matéria. Houve princípio de discussão entre o vereador e um dos representantes de atiradores presentes.
“[O projeto] Quer regulamentar os grupos de tiros de Goiânia, como existem em todas as capitais do Brasil”, disse o vereador, que foi interrompido por vaia dos presentes.
Na justificativa, o parlamentar aponta que a atividade comercial se encontra em expansão e não há legislação que regulariza as medidas de segurança, bem como as ambientais. Assim, o projeto busca requisito mínimo de exigências para o funcionamento dos estandes de tiro em paralelo com a segurança dos usuários.
O vereador Sargento Novandir (Avante) disse que irá atuar para corrigir o projeto ou fazer com ele seja arquivado. “Alguns dias atrás essa Câmara prejudicou mais de 400 empresários [se referindo à mudança de nome da Avenida Castelo Branco], desta vez, pelos meus cálculos, pode prejudicar pelo menos 300 trabalhadores”, apontou.
“Estamos prestes a passar por uma dificuldade muito grande, tendo um presidente da República que é de esquerda, que é totalmente contra os CACs. Temos muitos problemas sérios.”