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Vereadores se movimentam para aprovar alterações no Código Tributário de Goiânia

A promessa era que o projeto fosse aprovado até o meados de novembro, mas a prefeitura só o enviou para a Câmara no início do mês.

Sessão da Câmara Municipal de Goiânia(Foto: Reprodução - YouTube)

Após dois dias de sessões polêmicas devido ao projeto de mudança de nome da Avenida Castelo Branco, os vereadores começam movimentações para aprovação de alterações do Código Tributário Municipal. O texto é considerado de suma importância pela prefeitura de Goiânia pois corrige distorções ocorridas na cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) em Goiânia.

O projeto ainda está em análise por parte da Procuradoria da casa. A partir de então segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde passa pelas mãos dos vereadores. Assim, será enviado para o plenário, onde passará por duas votações. A principal mudança é relativa ao pagamento do IPTU, com previsão de aumento apenas da inflação em 2023 e 2024. A partir de 2025 haverá aumento de 10%, de ano em ano.

Segundo o presidente da CCJ, vereador Henrique Alves (MDB), as alterações propostas pela prefeitura irão promover segurança para os contribuintes goianienses. “Principalmente no momento em que estamos passando por uma recuperação pós-pandemia, que ainda não é a ideial. Nós na Câmara iremos analisar para evitar qualquer surpresa, na intenção de melhorar o projeto”, salienta.

A intenção é de que projeto seja aprovado ainda em 2022, para que as medidas entrem em vigor no próximo ano.

O líder do prefeito na Câmara, vereador Anselmo Pereira (MDB), fala em “readequação” de gargalos que deixaram o contribuinte com prejuízo. “Assim, não iremos sacrificar a capacidade contributiva do munícipe”, avalia.

A promessa era de que o projeto fosse aprovado até o meados de novembro, mas a prefeitura só o enviou para a Câmara no início do mês. Há ainda matérias auxiliares do Plano Diretor que tramitam na casa e são essenciais para o pleno funcionamento do texto principal.

O texto da prefeitura

O novo texto prevê a redução do IPTU apenas ao reajuste da inflação para 2023. Para 2025, os imóveis que ainda estiverem pagando o IPTU aquém do devido, ou seja, menor do que estabelece a regra do valor venal versus alíquota, terão majoração limitada a 10% ao ano, até chegar ao valor devido.

Também aumenta o alcance do IPTU Social, que beneficiará 52 mil famílias com imóveis avaliados em até R$ 140 mil (valor venal). Atualmente o recurso chega a 47 mil famílias.

Vaga na CCJ

As movimentações da Câmara também envolvem questões de política interna, que envolvem saídas e entradas de vereadores na casa. Marlon Teixeira (Cidadania), Santana Gomes e Bruno Diniz, ambos do PRTB, deixaram a casa por descumprimento da cota de gênero. Com isso, Paulo Magalhães (UB), Igor Franco (PRTB) e Welton Lemos (Podemos) assumiram os cargos

Ainda, Mauro Rubem (PT) e Clécio Alves (Republicanos) — ambos eleitos para a Assembleia Legislativa – devem sair para assumir as cadeiras estaduais. As alterações deixam vaga aberta na Comissão de Constituição e Justiça e deixam demais parlamentares em articulação por espaço na Mesa Diretora.