INVESTIGAÇÃO

Vereadores se reúnem em blocos para formar a composição da CEI da Comurg, em Goiânia

A semana na Câmara Municipal foi de articulações para formação dos blocos para indicação de membros da comissão. Maioria é da base

Anselmo Pereira (Foto: Fabiano Araújo - Câmara Municipal)

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que pretende investigar supostas irregularidades ocorridas na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) deve ter a maioria da base do prefeito Rogério Cruz (Republicanos). A semana na Câmara Municipal foi de articulações para formação dos blocos para indicação de membros da comissão.

São pelo menos cinco blocos: Vanguarda (formado pelo Solidariedade, Podemos, União Brasil, PL, PTC, PSC e PSDB — com vereadores da base, oposição e independentes), Goiânia Transparente (PSD e PMB — oposição e independente), Independência (Progressistas, PDT, Agir, PSB e Avante — base), Ordem (Avante, Democracia Cristã e Cidadania — base) e Liberdade (Podemos, Republicanos, União Brasil e Patriota — ). Além de outro do MDB.

Como a CEI tem sete vagas, a maioria acaba sendo da base, com o Vanguarda a indicar dois nomes, e os demais com um vereador. No entanto, alguns vereadores manifestaram insatisfação, o que pode gerar algumas mudanças: é o caso de Cabo Senna (Patriota) e Paulo Magalhães (UB). Kátia Maria (PT) não está presente em nenhum bloco.

O autor da CEI, vereador Ronilson Reis (PMB), aponta que as investigações serão realizadas mesmo com maioria formada pela base. “Vamos apresentar requerimentos e depoimentos e eles terão que aprovar. O trabalho será feito”, afirma o parlamentar.

O Mais Goiás já mostrou que o presidente da Câmara, Romário Policarpo (Patriota), denunciou que identificou pagamento da prefeitura à Comurg, da ordem de R$ 8 milhões, por obras e serviços não realizados. Os trabalhos eram previstos em um contrato celebrado entre a Companhia de Urbanização e a Secretaria de Relações Institucionais em 2021.