DIFICILMENTE

Vereadores veem pouca chance de Clécio renunciar a mandato de deputado

Parlamentar disse que "com um sentimento de renunciar de novo e continuar como vereador"

Sessão da Câmara Municipal de Goiânia(Foto: Reprodução - YouTube)

Alguns vereadores de Goiânia conversaram com o Mais Goiás sobre o discurso de Clécio Alves (Republicanos) em que ele diz pensar em renunciar ao mandato de deputado estadual – o qual foi eleito para a legislatura que se inicia em 2023. Os parlamentares ouvidos não acreditam nessa possibilidade.

“Acho que não renuncia. Mas depois que ele se ver sozinho na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), aí pode ser que se licencie”, disse um colega de Câmara Municipal. “Ele tem uma ligação forte com a prefeitura. No Estado ele não terá esse acesso.” Outro parlamentar, que preferiu não divulgar o nome, disse que a fala de Clécio foi só “retórica”. Outro, que “está fora de questão [a renúncia]”.

Na sessão de quarta-feira (19), Clécio disse que estava “com um sentimento de renunciar de novo e continuar como vereador por causa desse projeto do prefeito Rogério Cruz (Republicanos)”. O projeto em questão é um pacote de investimentos da prefeitura de Goiânia de cerca de R$ 1,7 bilhão para os próximos meses e tem relação com as comemorações do aniversário da cidade. O discurso de Clécio veio após posição do vereador Mauro Rubem (PT), também eleito deputado estadual.

O petista criticava o recurso, pois, segundo ele, a prefeitura não tinha dinheiro nem para pagar a Comurg e a Fundação de Apoio ao Hospital das Clinicas (Fundac), que gere hospitais na capital. “Como o prefeito tem tanto dinheiro e não paga o dia a dia?” O parlamentar ainda disse que quer informações. “Gostaria de saber de onde vem o recurso e quais os projetos.”

De volta a Clécio, ele afirmou que valor já estava com o município. “O dinheiro está em caixa. Fiquei emocionado de saber que Goiânia vai viver os melhores momentos que nós todos desejamos e queremos depois da pandemia. Estou pensando se vou para lá ou fico aqui.”

Ainda na fala, ele lembrou que, em 2017, desistiu de assumir cadeira na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Na época, ele era 2º suplente dos prefeitos eleitos em 2016 Adib Elias (Catalão) e Ernesto Roller (Formosa).