Viaduto cede mais um pouco em SP, e gestão Covas monta comitê de crise
O prefeito Bruno Covas (PSDB) instalou um comitê de crise para discutir soluções para o viaduto
O viaduto que cedeu durante a madrugada da quinta-feira (15) na pista expressa da marginal Pinheiros ainda não atingiu ponto de estabilidade e movimentou-se mais um pouco neste sábado (17). Segundo o secretário de Infraestrutura e Obras Vitor Aly, a oscilação ocorreu devido à variação de temperatura durante a noite e já era esperada.
“Apesar de ter ficado estável durante todo o dia, no período da noite, em função da mudança de temperatura, houve uma movimentação. Tivemos um recalque, do lado direito, de 3 mm, e outro de 7 mm do lado esquerdo”, disse Aly.
Ao todo, desde quinta-feira, o viaduto cedeu 1 cm do lado direito e 1,2 cm do lado esquerdo.
Aguarda-se para os próximos dias, sem previsão precisa, que a estrutura ceda um pouco mais e se apoie no escoramento metálico montado pela prefeitura. Isso daria mais estabilidade e permitiria que se iniciassem testes para a retomada do funcionamento regular da linha 9-esmeralda da CPTM. A circulação de trens foi interrompida entre as estações Pinheiros e Ceasa para evitar trepidações que pudessem movimentar o viaduto.
O local também foi pichado durante a madrugada. Dois homens picharam o degrau que se formou com a queda do viaduto e foram detidos na sequência pela Guarda Civil Metropolitana. Na manhã deste sábado, a gestão Covas instalou tapumes para evitar novas intervenções e também para impedir que motoristas diminuíssem a velocidade ao passar pela pista local para tirarem fotos.
Diante do cenário, o prefeito Bruno Covas (PSDB) instalou um comitê de crise para discutir soluções para o viaduto. O grupo é composto pelos secretários de Subprefeituras, Infraestrutura, Comunicação e Transportes, além do próprio prefeito, que têm se reunido por meio de videoconferências. Covas deve agendar para o começo da semana uma reunião presencial entre os membros.
O prefeito já montou comitês de crises duas outras vezes em seu mandato: após o desabamento de edifício no largo do Paissandu e durante a greve dos caminhoneiros.