Lava Jato

Vice-governador de MG e Joesley Batista são presos pela Polícia Federal

Eles são alvos de uma operação que investiga um suposto esquema de corrupção no Ministério da Agricultura e na Câmara dos Deputados durante o governo da presidente Dilma Rousseff

O vice-governador de Minas Gerais, Antonio Andrade (MDB), um dos donos da JBS, Joesley Batista, o executivo da empresa Demilton de Castro e o deputado João Magalhães (MDB-MG) foram presos nesta sexta-feira por agentes da Polícia Federal (PF). Eles são alvos de uma operação que investiga um suposto esquema de corrupção no Ministério da Agricultura e na Câmara dos Deputados durante o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), entre 2014 e 2015. O empresário Ricardo Saud também é alvo de mandado de prisão.

A operação é um desdobramento da operação Lava-Jato em Minas Gerais e teve origem na delação do doleiro Lucio Funaro.

Os agentes visam a cumprir, no total, 63 mandados de busca e apreensão em Minas, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba e Mato Grosso do Sul. A Polícia Federal faz também buscas no gabinete de Antonio Andrade. A operação é um desdobramento da Lava-Jato e foi batizada de Capitu. Ela é baseada na delação do doleiro Lúcio Funaro, apontado como operador do MDB.

Além do vice-governador e dos executivos, foi preso ainda Demilton Antonio de Castro. Ele é apontado como responsável por organizar um arquivo com nove mil dados de operações financeiras ilegais feitas pela JBS. Esse arquivo era chamado de “planilhão da propina”.

De acordo as investigações citadas pelo “G1”, havia um esquema de arrecadação de propina dentro do Ministério da Agricultura. Ele beneficiaria políticos do MDB que recebiam dinheiro da JBS — que pertence aos irmãos Joesley e Wesley Batista — em troca de medidas para beneficiar as empresas do grupo.