Vigilantes são presos por passar armas e drogas a detentos no presídio de Aparecida
Apurações sobre outros possíveis repasses seguem em investigação pelas autoridades
Na quarta-feira (29), quatro vigilantes penitenciários temporários (VPTs) foram presos durante o repasse de objetos ilícitos para detentos da Penitenciaria Coronel Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia. Celulares, carregadores, cigarros, essências de cigarros eletrônicos, drogas e outros objetos proibidos foram apreendidos com os vigilantes.
O diretor da penitenciaria, Roberto Lourenço, afirmou que a intercepção aconteceu após um levantamento de informações e apurações sobre possíveis casos de corrupção envolvendo agentes penitenciários, o que motivou a rigorosidade nos procedimentos operacionais. “Algumas atitudes suspeitas levaram à realização da minuciosa revista. A ágil ação e tirocínio dos servidores lograram êxito no flagrante desses homens. De imediato, foram tomadas as devidas providências, como a oitiva e apurações necessárias”, afirmou Roberto Lourenço.
Objetos apreendidos no presídio de Aparecida
Ao serem revistados, a policia encontrou na mochila de um dos agentes aproximadamente 2.060 papelotes de uma substância parecida com a nova droga sintética conhecida como K4, 516 papelotes de uma substância semelhante ao LSD, nove carregadores de celulares, dois relógios digitais, duas chaves de manutenção de celulares, três celulares desmontados, duas carteiras de cigarro de palha, uma carteira de cigarro comum, um cigarro eletrônico, dois isqueiros e quatro frascos de essência de cigarro eletrônico.
Na mochila de outro VPTs, foi apreendido dois fones de ouvido, oito cabos UBS, um pen drive, um leitor de cartão, um frasco de perfume, um tubo de cola usado em manutenção de celular, um canivete, uma arma de fogo com registro pessoal e R$ 20 em espécie. Na mochila de um terceiro, havia um bilhete para uma mulher cadastrada como visitante de um ex-detento.
Apuração do caso
As apurações sobre outros possíveis repasses seguem em investigação pelas autoridades policiais competentes. Após o flagrante, os rapazes, dois de 29, um de 30 e o outro de 38 anos, foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil onde serão investigados. Os presos que recebiam os objetos também foram identificados.
“Durante os questionamentos, um dos VPTs informou que em seu celular havia informações sobre como tudo ocorria, colaborando assim com as próximas fases das investigações. Os VPTs, que há cerca de dois anos executavam suas atividades no sistema penitenciário goiano, terão seus contratos rescindidos.” Ressaltou Roberto Lourenço.