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Votação no exterior: Lula vence na Nova Zelândia, Austrália e Coreia do Sul, e Bolsonaro leva no Japão; acompanhe a eleição fora do Brasil

A Nova Zelândia foi o primeiro país a concluir a votação de segundo turno para…

A Nova Zelândia foi o primeiro país a concluir a votação de segundo turno para presidente da República. Os dados não oficiais, coletados dos boletins de urnas afixados no local de votação, dão “vitória” ao candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, na capital Wellington, com 70,3% dos votos. Jair Bolsonaro (PL) conquistou 164 votos na cidade, ou 29,7% do total.

Na Austrália, o petista também ficou na frente do atual presidente. Em Sidney, Lula teve 61,3% dos votos contra 38,7% de Bolsonaro. Na capital Camberra, o ex-presidente foi o mais votado por 72,1% dos eleitores. Bolsonaro foi a escolha de 27,9% das pessoas.

Na Ásia, Lula venceu na Coreia do Sul com um percentual de 64,3%. No país, o candidato do PT recebeu 126 votos válidos. Jair Bolsonaro, por sua vez, teve 35,7%, o equivalente a 70 votos. No vizinho asiático, Japão, Bolsonaro levou a melhor.

Brasileiros ao redor do mundo começaram a ir às urnas neste segundo turno mais cedo, devido ao fuso horário. Ao todo, há eleitores em 181 cidades estrangeiras. Quem tem domicílio eleitoral na Nova Zelândia e na Austrália, na Oceania, por exemplo, vota entre 14 e 16 horas antes no segundo turno das eleições de 2022 disputado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

A Austrália abriu as 22 seções eleitorais para os 15.390 eleitores aptos a participarem da votação. Depois, a escolha dos candidatos começou no Japão, onde há 104 locais de votação e 76.570 brasileiros com direito ao voto. Ao todo, 697 mil cidadãos poderão votar fora do Brasil este ano.

Felipe Rebouças, estudante na Austrália, chegou à seção eleitoral em Sydney às 8h15 do horário local e demorou cerca de 20 minutos para votar. “Foi bem tranquilo e rápido. Vi algumas pessoas vestindo camisas da seleção brasileira e com toalhas do Lula. Parecia um ambiente de votação do Brasil transportado para cá”, contou.

Seção eleitoral em Sydney na Autrália: votação começa primeiro para brasileiros que moram no exterior — Foto: O Globo

Coréia do Sul, Filipinas e Indonésia também estão entre os os primeiros locais a abrirem as urnas eletrônicas, por estarem situados no continente asiático. Em contrapartida, o último país a iniciar a votação será os Estados Unidos.

Rússia x Ucrânia

A votação na Europa começará pela Rússia. Os eleitores aptos a votar deverão comparecer na Embaixada do Brasil em Moscou, entre 8h e 17h, no horário local. A seção eleitoral da Ucrânia, por sua vez, não funcionará por causa da invasão russa.

“Informamos que conforme determinação do Edital 56 do TRE-DF, os eleitores cadastrados para votar na Ucrânia estão dispensados da obrigatoriedade de votação em 2022. Desse modo, não haverá votação na Embaixada em Kiev nos dias 2 e 30/10”, diz nota publicada no site do Itamaraty.

Europa

O Ministério das Relações Exteriores tem orientado os eleitores brasileiros na Europa sobre o fim do horário de verão no continente, neste domingo. Com isso, os relógios devem ser atrasados em uma hora. A votação ocorrerá, novamente, de 8h às 17h.

Na Itália, os brasileiros poderão votar nas cidades de Milão e Roma, entre 4h e 13h no horário de Brasília. Na Alemanha há três colégios eleitorais: Berlim, Frankfurt e Munique, também das 4h e 13h no horário de Brasília.

Paris tem o único colégio eleitoral da França, onde 22.629 brasileiros estão aptos a votar. O pleito ocorre das 8h às 17h no horário local (das 4h e 13h no horário de Brasília). Na Espanha, a votação ocorrerá em Madri e Barcelona, no mesmo horário.

Em Portugal, três cidades vão receber os eleitores brasileiros: Faro, Porto e Lisboa. A capital portuguesa é o maior colégio eleitoral brasileiro no exterior, com 45.273 pessoas aptas a participar da eleição neste domingo.

Últimos a votar

Os último países a iniciarem a votação serão os Estados Unidos e o Canadá. Especificamente os colégios eleitorais das cidades americanas de Los Angeles e São Francisco, além da canadense Vancouver. Nessas três cidades o pleito acaba às 21h no horário de Brasília.

Nos EUA as eleições também acontecem nas cidades Atlanta, Boston, Chicago, Hartford, Houston, Miami, Nova York, Orlando, Washington e Orlando. E no Canadá também há colégios eleitorais em Montreal, Ottawa e Toronto.

Resultados

Apesar de os boletins de urna estrangeiros ficarem disponíveis antes, a divulgação oficial dos resultados será feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) só a partir das 17h de Brasília, quando a votação for encerrada em todos os estados.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, há 4,4 milhões de brasileiros vivendo no exterior. Desse total, 697.084 pessoas são eleitores aptos a votar. Haverá votação em 159 cidades de 97 países. Ao todo, serão usadas 989 urnas eletrônicas nesses locais e 29 urnas de lona – essas últimas destinadas aos locais onde há apenas entre 30 e 99 eleitores aptos.

EUA, Portugal e Japão são os países com maior número de eleitores com, respectivamente, 182.987, 80.896 e 76.570 brasileiros aptos a votar.

Maiores colégios eleitorais no exterior

Colégio eleitoral Número de eleitores
Consulado-Geral em Lisboa 45.273
Consulado-Geral em Miami 40.188
Consulado-Geral em Boston 37.159
Consulado-Geral em Nagóia 35.651
Consulado-Geral em Londres 34.498
Consulado-Geral no Porto 30.098
Consulado-Geral em Tóquio 28.730
Consulado-Geral em Nova York 27.938
Consulado-Geral em Paris 22.629
Consulado-Geral em Milão 20.054

Fonte: Ministério das Relações Exteriores

Veja como foi no primeiro turno

No primeiro turno das eleições presidenciais, o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, teve 47,2% dos votos totais depositados fora do Brasil. Já o atual presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), foi votado por 41,6% dos eleitores. Veja onde cada candidato ganhou.

Na América Latina, região em que o ex-presidente tem forte influência, a tendência se repetiu. Em Buenos Aires, na Argentina, foram 64,68% dos votos favoráveis. Em Bogotá, na Colômbia, Lula chegou a 52,82%. Já em Santiago, no Chile, o número chegou a 44,86%.

Na Nicarágua, referenciada por Bolsonaro como ditadura de esquerda ao traçar relações de Lula com o presidente do país, Daniel Ortega, o presidente teve 40,51% dos votos, apenas três pontos percentuais abaixo do obtido pelo petista, de 43,04%. O mesmo cenário foi observado no México, governado pelo presidente esquerdista André Manuel Lópes Obrador, Lula ficou à frente com 44,20% dos votos, mas apenas dois pontos acima de Bolsonaro, que pontuou 42,84%.