Um dia após o PSDB confirmar o licenciamento de Afrêni Gonçalves do cargo de presidente do partido em Goiás, o tucano disse em entrevista ao Mais Goiás que ainda não sabe o que fazer. Ele disse que o momento agora é de reflexão e que ainda está vivendo um “pesadelo”.
Investigado na Operação Decantação por suspeita de participação em esquema de desvio de recursos da Saneamento de Goiás S/A (Saneago) para pagamento de dívidas de campanhas do PSDB, Afrêni chegou a ser preso na quarta-feira da semana passada e foi solto nesta segunda-feira (29/08). “A ficha ainda não caiu”, desabafou.
Afrêni também atuava como diretor de Expansão da Saneago. Licenciado desde a última segunda-feira (29) da presidência estadual do partido, o tucano diz que seu foco no momento é “passar a limpo” os fatos que o levaram a ser investigado na Operação da Polícia Federal.
Mesmo licenciado, o peessedebista afirma que pretende atuar na campanha das eleições municipais deste ano, mas de forma discreta. “Nesse momento que o nome da gente foi execrado eu não quero constranger amigos. Nesse momento meu nome não é legal perante a opinião pública porque houve essa denúncia, mesmo estando com a consciência 100% tranqüila. Então é lógico que eu vou ajudar, vou ajudar muito, mas nos bastidores”, frisou.
Afastamento
Segundo o comunicado do PSDB goiano, a licença de Afrêni tem como objetivo diminuir qualquer tipo de dúvida referente à condução da presidência do partido e da Saneago. Em seu lugar assume o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual José Vitti.
O tucano também foi afastado do cargo que ocupava na Saneago. A engenheira civil Juliana Matos de Souza assumiu o posto.
Além de Afrêni, outras 13 pessoas foram presas na deflagração da Operação Decantação, no dia 24 de agosto. Além dele, José Taveira Rocha, então presidente da Saneago, também foi detido temporariamente.
Os dois foram soltos na segunda, quando se encerrou o prazo autorizado pela Justiça da prisão temporária.