Deixou cargo

Wilson Ferreira Junior renuncia ao cargo de presidente da Eletrobras

O presidente da Eletrobras (Centrais Elétricas Brasileiras S/A), Wilson Ferreira Junior, renunciou ao cargo por…

O presidente da Eletrobras (Centrais Elétricas Brasileiras S/A), Wilson Ferreira Junior, renunciou ao cargo por motivos pessoais, segundo comunicado da companhia divulgado aos acionistas e ao mercado na noite deste domingo (24).

De acordo com o comunicado, ele ficará no cargo até o dia 5 de março, o que possibilitará a transição para o sucessor.

O nome do próximo presidente ainda não foi anunciado.

Assinado pela diretora financeira e de relações com investidores da Eletrobras, Elvira Cavalcanti Presta, o comunicado tem um agradecimento a Ferreira “por sua reconhecida liderança na reestruturação organizacional e financeira do Sistema Eletrobras durante seu mandato de 4,5 anos”.

Segundo a companhia, durante a gestão dele os lucros foram históricos, a alavancagem foi reduzida a patamares compatíveis com a geração de caixa e houve redução de custos operacionais com privatizações de distribuidoras e programas de eficiência.

Ele é apontado também como responsável por retomar obras atrasadas, simplificar a quantidade de participações acionárias, aprimorar o programa de compliance, padronizar estatutos sociais e resolver contenciosos nos Estados Unidos decorrentes de reflexos da operação Lava Jato.

Os investidores participarão de uma teleconferência nesta segunda-feira, às 15h, com a presença de Ferreira.

A estatal é responsável pela operação de cerca de um terço da capacidade de geração e metade da rede de transmissão de energia do Brasil.

Em dezembro, após o ministro Paulo Guedes (Economia) manifestar frustração com a agenda de privatizações, sua pasta divulgou um cronograma prevendo que o governo vai se desfazer de nove empresas federais em 2021. Entre elas está a Eletrobras.

A venda é um dos principais desafios do governo Jair Bolsonaro (sem partido). Tentada desde o governo Michel Temer, a operação sofre resistência do Congresso. A União abriria mão do controle da empresa após um aumento de capital de acionistas do qual o Tesouro Nacional não participaria.