Yousseff passa mal e é levado ao hospital em Curitiba
Alberto Youssef teve queda de pressão no almoço e foi levado para o hospital; caso seja confirmado, esse será o seu 3º enfarte desde que entrou na mira da PF
O doleiro Alberto Youssef foi encaminhado neste sábado, 25, para a UTI do hospital Santa Cruz em Curitiba, após sofrer forte queda de pressão na hora do almoço, chegando a desmaiar na carceragem após a refeição. A suspeita é de ele que tenha sofrido um enfarte, mas o doleiro ainda será submetido a exames cardiológicos. “É o estresse pelo qual está passando, é natural. Mas não tem diagnóstico ainda”, afirmou o advogado de defesa do doleiro, Antonio Figueiredo Basto.
Caso se confirme o enfarte, essa será a terceira vez que ele sofre de parada cardíaca desde que caiu no radar da PF. A primeira foi no ano passado, quando ainda era monitorado pela PF, sem saber. Nas conversas interceptadas com autorização judicial, ele e seus subalternos comentam o episódio em que o doleiro esteve internado por conta do coração. Já em 2014, após ser preso, ele teve outra internação em julho, quando chegou a passar por um cateterismo.
Principal alvo da Operação Lava Jato, que teria lavado cerca de R$ 10 bilhões, o doleiro está preso na carceragem da Polícia Federal no Paraná. Ele é acusado de liderar um esquema de desvio de dinheiro público e pagamento de propinas a políticos envolvendo a Petrobrás.
Alvo de 4 ações penais na Justiça Federal do Paraná, Youssef decidiu fazer uma delação premiada e vem prestando depoimentos ao Ministério Público Federal, nos quais revelou que o ex-presidente Lula teria dado uma ordem em 2010 ao então presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli, para que ele resolvesse uma pendência com uma agência de publicidade suspeita de integrar o esquema de corrupção na estatal. O doleiro, contudo, não apresentou nenhum detalhe ou prova.
Os depoimentos estão sendo tomados em sigilo e ainda serão submetidos ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, que vai decidir se homologa ou não o acordo. Caso seja homologado, o doleiro poderá conseguir atenuar sua pena.