ANVISA

1,7 mil vacinas de lote suspenso pela Anvisa foram aplicadas em Goiânia

As doses fazem parte de um lote suspenso pela Anvisa com 2,2 mil doses, que chegou ao município de Goiânia

A Prefeitura de Goiânia confirmou que fez a aplicação de 1,7 mil doses de vacina contra a Covid-19 de um lote suspenso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O que provocou a suspensão foi o fato de que essas vacinas foi o fato de elas terem sido envasadas em um local que não foi inspecionado pelas autoridades sanitárias.

Conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), as doses fazem parte de um lote com 2,2 mil doses alvo de medida cautelar do órgão sanitário. Os imunizantes são da marca Coronavac.

Em nota, a SMS informou que “recebeu um pequeno lote de vacinas do laboratório o qual a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu medida cautelar”. De acordo com a pasta, 1,7 mil das 2,2 mil foram aplicadas e o restante será devolvido à Secrataria de Saúde de Goiás (SES-GO).

A SMS agora aguarda a publicação de uma nota conjunta do Ministério da Saúde (MS), Anvisa e Intituto Nacional de Controle e Qualidade em Saúde (INCQS) “sobre a eficácia do imunizante em questão de sobre como proceder em relação as pessoas vacinadas”.

Lote suspenso

No último sábado (4), a Anvisa informou, em comunicado, que determinou a interdição cautelar de lotes da vacina Coronavac, “proibindo a distribuição e o uso dos lotes envasados na planta não aprovada na Autorização de Uso Emergencial (AUE)“.

O órgão disse que foi comunicado pelo Instituto Butantan “que o parceiro Sinovac, fabricante da vacina Coronavac, enviou para o Brasil 25 lotes na apresentação frasco-ampola (monodose e duas doses), totalizando 12.113.934 doses”. A unidade fabril responsável pelo envase, declarou a Anvisa, não foi inspecionada e não foi aprovada pela Anvisa na Autorização de Uso Emergencial da referida vacina.

“O Instituto informou ainda que outros 17 lotes, totalizando 9 milhões de doses, também envasados no local não inspecionado pela Agência, estão em tramitação de envio e liberação ao Brasil […]. Nesses termos, a vacina envasada em local não aprovado na AUE configura-se em produto não regularizado junto à Anvisa. Assim, torna-se essencial a atuação da Agência com o intuito de mitigar um possível risco sanitário“, afirmou.