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30 anos do tetra: Romário inspirou nome de 1,1 mil bebês em Goiás na década de 90

Enquanto nos anos 90 foram 1.163 crianças com o mesmo nome do 'baixinho' Romário, nos anos 1950 haviam sido 27

Romário com a bandeira do Brasil em 1994. Foto: Divulgação

Há exatos 30 anos, a seleção brasileira derrotava a Itália na final a Copa do Mundo, encerrava o jejum de títulos no torneio e desencadeava uma catarse coletiva, que afetaria inclusive o batismo de bebês nascidos nos anos 1990. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 1.163 de crianças nascidas em Goiás naquela década foram registradas com o nome de Romário, herói da conquista.

A comparação entre os anos 90 com as décadas anteriores impede que persistam dúvidas sobre a relação do Tetra com o que acontecia nos cartórios de Goiás. Enquanto nos anos 90 foram 1.163 crianças com o mesmo nome do ‘Baixinho’, nos anos 1950 haviam sido 27. Nos anos 1960, 31. E nos anos 1970, outros 59.

Esse número havia dado o primeiro salto nos anos 1980, justamente na década em que Romário explodiu no Vasco da Gama, com 139 gols em 196 jogos, e posteriormente no PSV Eindhoven, da Holanda, com 165 gols em 167 jogos. Naquela década, o número de crianças registradas com o nome do atacante só em Goiás havia sido de 417.

São números que colocam a população goiana na 20º do ranking de estados em que o nome de Romário foi proporcionalmente mais utilizado: 29,85 por grupo de 100 mil habitantes.

Goiás só fica à frente de do Mato Grosso do Sul (21,64 por 100 mil habitantes), Rio de Janeiro (20,39 por grupo de 100 mil habitantes), Santa Catarina (19,75 por grupo de 100 mil habitantes), Rio Grande do Sul (19,07 por grupo de 100 mil), Distrito Federal (18,01 por grupo de 100 mil), Paraná (13,16 a cada 100 mil), e São Paulo (11,42 a cada 100 mil).

Por fim, além dos Romários, há também as ‘Romárias’: o país saiu de 23 Romárias na década de 40 para 694 na década de 90.

Outros ídolos
Batizar bebês com nome de ídolos do futebol é uma ideia recorrente em famílias brasileiras, e há outros exemplos que confirmam essa tese. É o caso de Neymar, que tem hoje 454 ‘xarás’ espalhados pelo País (curiosamente, nenhum deles registrado em Goiás).