6 suspeitos de extorsão com nudes de homens casados são presos em Goiânia

A Polícia Civil (PC) prendeu seis pessoas suspeitas de praticarem extorsão com nudes, ou seja, fotos íntimas de homens casados, em Goiânia. Segundo a corporação, dois outros integrantes do grupo estão foragidos. As detenções ocorreram setores Perim, Jardim Curitiba e Jardim do Cerrado. Indícios apontam que grupo movimentava pelo menos R$ 20 mil mensais com os golpes.

As investigações, conduzidas pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) tiveram início em julho desse ano. As extorsões, segundo a corporação, aconteciam em todo o Brasil e o golpe era praticado através das redes sociais. A PC afirma que os suspeitos selecionavam as vítimas e, com fotos de mulheres nuas, simulavam conversas com teor erótico.

Ao ganharem confiança, os investigados pediam fotos íntimas às vítimas e realizavam a retribuição para simular veracidade na conversa. na sequência, os suspeitos diziam que as fotos enviados eram de uma adolescente e se apresentavam como parentes dela. Assim, eles extorquiam os homens, afirmando que a verba captada seria revertida ao tratamento psicológico da menina. Também afirmavam que o pagamento evitaria que os pais da suposta menor não fossem informados do caso.

Depois do pagamento inicial, as extorsões continuavam com a criação vários personagens, como policiais militares, escrivães. A partir de então, cobravam pagamentos para que a uma investigação, fictícia, fosse arquivada. Caso vítimas não sedessem, recebiam ameaças de morte, além da divulgação das fotos íntimas.

A organização dos suspeitos era tamanha, segundo a PC, que eles chegaram a falsificar mandados de prisão com os nomes das vítimas, os quais eram enviados às vítimas para intimida-las. Conforme explica a corporação, cada membro do grupo tinha uma função, como a procura dos homens nas redes sociais. O perfil das vítimas era o de homens mais velhos, casados e moradores do interior.

Os detidos foram autuados por extorsão e associação criminosa e foram encaminhados à Casa de Prisão Provisória (CPP).