68% dos servidores da prefeitura de Goiânia são mulheres, diz levantamento
Pastas que mais se destacam em Goiânia são Educação, com 15.557 colaboradoras, e Saúde, com 7.679
Levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Administração (Semad) aponta que 68% dos cargos da Prefeitura de Goiânia são ocupados por mulheres. Em números absolutos, esse percentual significa que a capital tem 36.679 servidoras e 17.272 servidores.
As secretarias que mais se destacam pela presença feminina são a Educação, com 15.557 colaboradoras; e a Saúde, com 7.679. Para o prefeito Rogério Cruz, as estatísticas mostram que, na administração municipal, as mulheres são valorizadas e encontram ambiente de respeito para desenvolver projetos.
“Temos mulheres em diferentes funções na prefeitura. Seja no comando das secretarias, seja em atividades onde era comum, há até pouco tempo, haver somente homens. A presença crescente delas reflete na qualidade do que entregamos à população. Acredito na importância da participação feminina para termos uma sociedade melhor, humanizada e mais igualitária”, destaca.
O secretário municipal de Administração, Eduardo Merlin, ressalta que a ocupação dos cargos por mulheres na Prefeitura de Goiânia deve ser um exemplo a ser seguido por outras esferas do poder público e pela iniciativa privada.
“As mulheres, aqui na prefeitura, estão em pé de igualdade com os homens, com as mesmas condições e oportunidades, cargos e salários, algo que deveria acontecer sempre. E elas se destacam pelo trabalho e qualidade no atendimento à população. Estão nos cargos que ocupam aqui por merecimento e por qualificação”.
Panorama nacional, além de Goiânia
Se, por um lado, o ambiente na prefeitura de Goiânia é favorável à participação das mulheres, no resto do país o panorama ainda é diferente. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anteriores a pandemia apontam que as mulheres ocupam 44% das vagas do mercado formal de trabalho no Brasil.
Os números mostram ainda que a média nacional de remuneração também reflete a histórica desigualdade de gênero: mulheres ganham até 22% menos do que os homens para desempenhar funções similares.
Com relação ao restante do mundo, nesta semana o Fundo Monetário Internacional (FMI) mostrou que a participação das mulheres no mercado de trabalho ainda está 20% abaixo da dos homens.