‘Abandonada’ pelo padrasto, criança de 2 anos é encontrada com hematomas em praça de Goiânia
Garota estava sem alimentação e cuidados de higiene. Caso será investigado como negligência e maus-tratos
Uma criança, de apenas dois anos, foi encontrada com hematomas no rosto, em uma praça de Goiânia. Ela foi ‘abandonada’ pelo padrasto, que dormia enquanto a menina brincava sozinha no local. Garota estava sem alimentação e cuidados de higiene. Caso ocorreu no último domingo (12), no Setor Recanto do Bosque, região Noroeste da capital e será investigado.
A conselheira tutelar Érika Reis conta que foi acionada por uma equipe da Polícia Militar (PM). Ao chegar no local, ela constatou que a criança ficou sem cuidados de um adulto por cerca de 4 horas, pois o padrasto, que era responsável pela garota e apresentava sinais de embriaguez, dormiu na rua.
“Nós a encontramos toda suja, defecada, cheia de carrapicho e escoriações pelo corpo. Ela não havia sido alimentada e tiveram, inclusive, que comprar comida para a criança. A menina foi completamente exposta a riscos visto que há muita movimentação de carro no local. Havia, também, o perigo de alguém passar e levá-la. Houve muita negligência”, disse.
Érika relata, ainda, que a criança tem uma irmã gêmea, que também apresentava escoriações e hematomas. A mãe também estava com o olho roxo, segundo a conselheira. Elas foram encaminhadas para o Instituto Médico Legal (IML), onde passaram por exame de corpo de delito.
“A mãe das crianças estava em casa bastante despreocupada. Quando questionamos o olho roxo, ela alegou que havia se envolvido em uma briga, mas que não possuía relação com o companheiro. Ele, por sua vez, alega que bebeu no dia anterior e saiu para comprar coisas para fazer almoço, mas acabou dormindo no meio do caminho”, contou a conselheira.
As crianças e os adultos foram encaminhados à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam). O caso deve ser investigado como negligência e maus-tratos. As meninas foram deixadas sob a responsabilidade da avó materna. O caso será acompanhado pelo Conselho Tutelar da Região Noroeste.