Ação contra pirataria digital tira dois sites e aplicativos ilegais do ar em Goiás
Veículos de alto luxo que teriam sido adquiridos com dinheiro proveniente de mensalidades e da venda equipamentos piratas foram apreendidos
Integrantes de duas famílias estão sendo investigados suspeitos de manterem sites e aplicativos ilegais, e de comercializarem receptores piratas em Goiás. Em ação que foi desencadeada hoje em todo o Brasil, a Polícia Civil de Goiás cumpriu mandados de busca e apreensão, e apreendeu veículos de luxo, que teriam sido adquiridos com o dinheiro proveniente do esquema criminoso.
Coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJS), a segunda fase da Operação 404 foi realizada hoje em 10 estados, e tem, como propósito, dar continuidade à investigação de crimes praticados contra a propriedade intelectual na Internet. Em Goiânia, 50 policiais civis cumpriram sete mandados de busca e apreensão, e apreenderam, além de uma grande quantidade de dinheiro, computadores, cinco carros, e motocicletas de alto luxo.
Durante as apreensões, o padrasto de um dos investigados foi autuado por posse ilegal de arma de fogo, uma vez que os agentes encontraram, na casa dele, uma pistola, sem registro. Além das apreensões, a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC) conseguiu fazer com que a justiça retirasse do ar dois sites, e dois aplicativos de streaming ilegal de conteúdo que, segundo as investigações, eram mantidos por quatro irmãos, de duas famílias diferentes.
“Nós descobrimos que além de cobrar mensalidades, de R$ 20 a R$ 30, para o acesso a filmes, livros, séries, jogos, e outros, estas pessoas também comercializavam receptores de sinal de tevê piratas, adquiridos na China, fato que fez com que conseguíssemos, junto ao poder judiciário, o confisco de todos estes veículos que, com certeza, foram adquiridos com dinheiro obtido de forma ilícita”, destacou a delegada Sabrina Lelis, titular da DERCC.
Caso sejam condenados pela pirataria, os suspeitos, que não tiveram os nomes, nem idade divulgados, podem passar, de dois, até quatro anos na cadeia. Eles poderão responder, também, por associação criminosa, e lavagem de capitais. Na primeira etapa da Operação 404, desencadeada em novembro do ano passado, foram cumpridos em todo o Brasil 30 mandados de busca e apreensão, e retirados do ar 210 sites, e 100 aplicativos de streaming ilegal.