Ação que prendeu organizadora do Miss Goiás teve origem em operação contra estelionatários
As investigações da operação Harem BR, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na última semana e…
As investigações da operação Harem BR, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na última semana e que levou à prisão de Maria de Fátima Abranches Castro, organizadora do concurso Miss Goiás, tiveram início ainda em 2019 e foram um desdobramento da operação Nascostos, que desarticulou um grupo de estelionatários que praticava fraudes pela internet.
Maria de Fátima foi acusada pela PF de participar de um esquema criminoso de tráfico internacional de mulheres para fins de exploração sexual. A mulher foi presa no dia 27 de abril, quando a operação foi deflagrada, mas obteve um habeas corpus no dia 29, sendo liberada em seguida. Além de Maria de Fátima, outras sete pessoas foram alvo de prisão preventiva na última semana.
Em nota enviada ao Mais Goiás na manhã de hoje, o advogado da coordenadora do Miss Goiás, Paulo Guilherme Domingues Bastos, disse que recebeu as acusações com “perplexidade” e que todas as acusações já foram rebatidas judicialmente, o que acabou culminando com a liberação de sua cliente.
Ele declarou também que a defesa ainda está analisando o inquérito e que se pronunciará após pleno conhecimento das acusações que pesam contra Maria de Fátima Abranches.
Operação Nascostos
Segundo informações da PF, a operação Nascostos, que deu origem à Harem BR, constatou que algumas das compras feitas pelos estelionatários identificados na ação com cartões clonados foram de passagens aéreas, as quais tiveram como destinatárias duas mulheres que viajaram a Doha/Catar.
O órgão informou ainda que, uma vez identificadas, essas vítimas de exploração sexual relataram cerceamentos de direitos a que foram submetidas nesse destino, bem como recebimento de passagens de um indivíduo que as agenciou para a prática dos atos de prostituição.