Acidente que matou motociclista em Goiânia foi proposital, mostram imagens
Imagens mostram quando ocupantes do veículo que causou o acidente chutam a moto no chão e roubam da vítima uma jaqueta de uma torcida organizada do Goiás
Câmeras de segurança de um comércio mostram que o acidente de trânsito que matou um jovem na madrugada desta sexta-feira (13) em Goiânia foi provocado pelo motorista de um carro. A descoberta foi feita pelos familiares de Gabriel Inácio Gonçalves, de 24, que esperam que o vídeo possa ajudar a polícia a identificar as pessoas que estavam no carro que causou de forma proposital a colisão.
Inicialmente, a Polícia Civil acreditava que a vítima teria morrido após colidir, sozinho, com um poste na Avenida T-2, no Setor Bueno. As imagens, porém, mostram que Gabriel já vinha sendo seguido por um carro em alta velocidade, que, ao alcançá-lo, bateu de forma proposital na moto que ele pilotava.
Testemunhas do acidente que matou motociclista em Goiânia
Poucos segundos após o acidente, duas pessoas que estavam do outro lado da rua tentam se aproximar para prestar socorro, mas são ameaçados por três ocupantes do carro, que desceram logo à frente. As imagens mostram que dois deles chutam a moto da vítima, que estava perto do poste, enquanto que o terceiro se aproxima de Gabriel, e arranca a jaqueta que ele usava.
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Em seguida, eles fogem correndo a pé. Como o carro foi parado bem à frente, as imagens não mostram o trio entrando no veículo. Com a descoberta do vídeo, o inquérito que apura o caso, inicialmente registrado na Delegacia de Investigação de Crimes de Trânsito (DICT), será enviado, na próxima semana, para a Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH).
A família de Gabriel, que mora a menos de 100 metros de onde aconteceu o acidente, acredita que ele já vinha sendo seguido pelos ocupantes do carro, e tem certeza que o crime tem relação com briga entre torcedores. Há dois anos, Gabriel foi preso suspeito de tentar matar um torcedor do Vila Nova. Em outubro do ano passado, ele foi julgado, e acabou condenado por lesão corporal leve, crime que tem pena máxima de um ano de reclusão, e como já havia ficado preso durante 13 meses, foi colocado em liberdade.