Acidente que matou três jovens na GO-020 pode ter sido provocado por racha, diz PC
Um racha pode ter sido a causa do acidente que matou três jovens e deixou…
Um racha pode ter sido a causa do acidente que matou três jovens e deixou um ferido na madrugada desta quarta-feira (23), no viaduto da GO-020, em Goiânia. A suspeita é da Polícia Civil, que ouviu o passageiro que foi socorrido com vida e que está internado em observação no Hospital de Urgência de Goiânia (Hugo).
De acordo com nota da Delegacia Estadual de Investigação de Crimes de Trânsito (Dict), o passageiro que estava no veículo e sobreviveu contou a delegada titular da Dict que o condutor, Guilherme Santos Bessa, de 28 anos, era dono de uma empresa especializada em aumentar a potência dos veículos e que na terça-feira (22), ele teria terminado um serviço de “envenenamento” de um VW Jetta. Após concluir o serviço, Guilherme teria convidado o cliente para acelerar na GO-020. Eles se reuniram em um posto de combustíveis na Avenida-136 e depois foram para a rodovia.
Ainda segundo o relato do sobrevivente à Polícia Civil, cerca de 20 carros foram para a GO-020 praticar a competição automobilística, e seguiram até próximo da barreira da Polícia Militar (PM). Na volta, o Audi de Guilherme estava a cerca de 150km/h e seguia o Jetta, que estava a 200km/h, momento em que o mecânico perdeu o controle da direção do veículo e capotou.
Uma câmera de monitoramento da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (Agetop) flagrou o momento em que um veículo passa em alta velocidade e, logo em seguida, é possível ver pedaços do Audi após o acidente.
Vítimas
No Audi haviam quatro rapazes. Guilherme Santos Bessa, de 28 anos, que dirigia o veículo, além dos amigos Raphael Godoy Lorenzo, de 23, e Eduardo Mendes Fernandes Borges, de 30 anos, morreram na hora. Edmar Machado de Melo Júnior, de 23 anos, estava no banco do passageiro dianteiro do automóvel. Ele foi socorrido e encaminhado para o Hugo, onde está internado em observação e não corre risco de morte.
Eduardo Mendes morava em Uberlândia, em Minas Gerais, e estava em Goiânia desde a última sexta-feira (18), quando veio para vender um veículo. Segundo um primo da vítima, ele voltaria nesta quarta-feira (23) para casa.
O motorista do Jetta ainda não foi identificado pela polícia. Caso seja identificado, ele será intimado a prestar depoimento e pode ser indiciado por homicídio culposo com o agravante de dolo eventual, que é quando o motorista não tem intenção de matar, porém assume o risco.
Os corpos das vítimas foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia e, até o fechamento desta matéria, não haviam sido liberados.