Acusada de causar aborto na ex do namorado é condenada a 5 anos de prisão
A Justiça de Goiás condenou, nesta sexta-feira (6), a mulher acusada de causar aborto na…
A Justiça de Goiás condenou, nesta sexta-feira (6), a mulher acusada de causar aborto na ex-esposa do namorado. Yahne de Sousa Santos foi condenada a 5 anos e 9 meses em regime semiaberto pelos crimes de aborto causado por terceiro, lesão corporal e ameaça. O namorado dela e ex-marido da vítima, Paulo Henrique de Moura Fernandes, foi condenado a 1 ano em regime aberto por violência doméstica. O homem foi absolvido do delito de aborto. Caso ocorreu no ano de 2015, em Goiânia.
Na sentença, o juiz Jesseir Coelho afirma “o crime decorreu de discussão entre a ré e a vítima por causa de relacionamento amoroso”. De acordo com ele, as circunstâncias do delito foram desfavoráveis à vítima porque “o crime foi praticado na residência da vítima e no período noturno”. Pena deverá ser cumprida inicialmente na Casa do Albergado, em Goiânia.
O casal, que mora atualmente na Califórnia, terá cinco dias para recorrer da decisão. Yahne e Paulo Henrique são representados por três advogados, que afirmaram durante o Júri Popular que os condenados não tiveram intenção de causar o aborto.
Relembre
Paulo Henrique e a Luísa Alves dos Reis têm um filho menor de idade. Após a separação, o acusado começou um relacionamento com Yahne, período em que Luísa engravidou do ex-companheiro. Aos quatro meses de gestação, ela entrou na Justiça com pedido de alimentos gravídicos e Paulo sugeriu que ela realizasse um aborto. A vítima negou.
No dia do crime, os condenados foram até a casa da vítima, no bairro Nossa Senhora de Fátima, em Goiânia, para buscar o filho do ex-casal. Luísa, ao perceber que os sentenciados estavam de moto recusou-se a entregar o menino. Eles iniciaram uma discussão e Yahne atingiu Luísa na cabeça com um capacete deixando-a desacordada. Depois, ambos começaram a atingir a vítima com socos.
Luísa foi socorrida por vizinhos e encaminhada para o Hospital, onde constataram que ela havia sofrido um aborto. No Instituto Médico Legal (IML), as agressões foram confirmadas. Dessa forma, Paulo e Yahne serão julgados pelos crimes de lesão corporal, aborto provocado por terceiro e, ainda, para Yahne, ainda o crime de ameaça.