Julgamento

Acusado de chacina na Serra das Areias vai a júri popular, em Aparecida de Goiânia

Acusado pelo assassinato de quatro jovens em 2013, na Serra das Areias, em Aparecida de…

Acusado pelo assassinato de quatro jovens em 2013, na Serra das Areias, em Aparecida de Goiânia, encara, nesta segunda-feira (15), o júri popular. Thaygo Henrique Alves Santana, de 24 anos, responde pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, destruição de cadáver, corrupção de menores e formação de quadrilha. Julgamento presidido pelo juiz Leonardo Curado Fleury Dias, da 4ª Vara Criminal, teve início às 9h e não tem previsão para término. Não foram listadas testemunhas para o caso.
Preso desde o dia 4 de setembro de 2013, o homem é apontado como mentor dos crimes que resultaram na morte de Neylor Henrique Gomes Carneiro, 18 anos, Denis Pereira dos Santos, 16, Daniele Gomes da Silva e Raissa de Souza Ferreira, ambas de 15, em agosto do ano em questão. Os jovens citados foram mortos a tiros e os últimos três também tiveram os corpos carbonizados.
Segundo consta no processo, Thaygo planejou matar Neylor e teve ajuda de Alison Pereira Costa e Silva, à época com 19 anos, e outros dois menores. Comparsas foram mortos no decorrer do processo. Para o Ministério Público de Goiás (MP-GO), os crimes foram motivados por ciúmes do réu. Após ser preso, o homem confessou os assassinatos e afirmou que as mortes não foram premeditadas. Defesa acredita que o jovem é inocente e que o ocorrido tem ligação com o tráfico de drogas. De acordo com os advogados, Thaygo teria sido obrigado a ir ao local do crime por Alisson, que cobraria uma dívida de drogas.

(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Crimes

Ainda de acordo com o processo, Thaygo planejou a morte de Neylor e contou com a ajuda de Alison e outros dois menores. Por volta das 10h30 do dia 19 de agosto, o suposto mentor foi na casa da namorada Raissa, junto com os comparsas, para que ela indicasse onde Neylor morava. Na ocasião, a adolescente estava na companhia de uma amiga. Ambas foram rendidas e forçadas a entrarem no veículo em que os jovens estavam.

Já na frente da residência da vítima, Neylor ele e um amigo identificado como Denis foram obrigados a entrar no carro e partiram para a Serra das Areias. No local, Raissa, Daniele e Neylor foram mortos com tiros na cabeça. Os três tiveram os corpos carbonizados. Denis foi levado para um lugar mais distante e também foi atingido na cabeça.

Motivo torpe

Após concluir o inquérito, o delegado Rogério Bicalho, do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH), afirmou que o crime não poderia ser qualificado como passional. “Ele [Thaygo] não fez isso por ciúmes. Matou por motivo torpe, para se autoafirmar e, na cabeça dele, preservar a imagem de bandido temido na região”, disse à imprensa à época.