Acusado de contratar assassinos de dono de cartório de Rubiataba é preso ao trafegar a 200km/h, em Porangatu
Ele e outras seis pessoas foram indiciadas pelo crime, ocorrido em dezembro de 2021. Esposa da vítima teria encomendado o homicídio
Luizmar Francisco Neves, indiciado como contratante de assassinos de um dono de cartório de Rubiataba, em 2021, foi preso após cometer uma série de infrações de trânsito na BR-153, em Porangatu. Ele, que estava foragido por envolvimento no homicídio, foi flagrado por viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF) ao realizar ultrapassagens perigosas e trafegar a cerca de 200 km/h, entre Palmas (TO) e o município goiano.
A identidade do empresário detido foi confirmada por fonte do Mais Goiás em Porangatu, cujo nome não será revelado. O processo a que Luizmar responde está em segredo de justiça. No total, sete pessoas foram indiciadas pelo crime e seis delas, exceto Luizmar, já estão em prisão cautelar.
A prisão
De acordo com a PRF, Luizmar, 42, apresentou dois documentos de identificação falsos ao ser parado por uma viatura da corporação. Ele trafegava sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e também não tinha documento do veículo. Registro da corporação indica ainda que ele assumiu ser foragido da justiça quando confrontado pelos agentes.
O Mais Goiás apurou que as fotos das documentações falsas eram as mesmas, enquanto os nomes que constavam nos registros eram de outras pessoas. O carro em que Luizmar viajava também pertencia a outra pessoa, mas estava em situação regular.
Assassinato do cartorário de Rubiataba
Luizmar teria sido responsável pela contratação dos executores do cartorário Luiz Fernando Alves Chaves, 40. A vítima foi sequestrada em casa no dia 28 de dezembro de 2021, levada por bandidos no próprio carro e, na sequência, executado com 17 tiros. Policiais encontraram o corpo dele algemado.
Mulher dele, Alyssa Martins de Carvalho Chaves, e a irmã dela, Aleyna Martins de Carvalho, estão entre os indiciados. Segundo a Polícia Civil, a intenção de Alyssa era ficar com os bens do casal e ter acesso a R$ 100 mil do seguro de vida contratado pelo marido.
*Texto elaborado com colaboração de Áulus Rincon e Jéssica Santos, do Mais Goiás