Acusado de matar adolescente dentro de colégio em Alexânia tem julgamento marcado
De acordo com o juiz Fernando Augusto, sessão foi marcada para o dia 22 de janeiro de 2020. Vítima foi morta dentro do colégio estadual que estudava
Misael Pereira de Olair, acusado de matar a adolescente Raphaella Noviski Roman, teve o julgamento marcado. De acordo com o juiz Fernando Augusto Chacha de Rezende, o júri popular será realizado no dia 22 de janeiro de 2020, às 8h30, na comarca de Alexânia. O crime aconteceu em 2017, dentro do colégio estadual onde a vítima estudava.
Segundo o juiz, Misael será julgado por homicídio qualificado por motivo torpe, mediante recurso que dificultou defesa da vítima e por razões da condição do sexo feminino. À época do crime ele tinha 19 anos e hoje tem 21.
O juiz determinou como improcedente a denúncia contra Davi José de Souza. Ele era acusado de ajudar Misael a fugir do local. Segundo o magistrado, o impronunciamento do acusado foi por considerar os “indícios da autoria duvidosos, incertos, frágeis, inconsistentes e superficiais.”
Relembre a morte de adolescente
Raphaella foi morta em 6 de novembro de 2017 aos 16 anos de idade. Misael entrou no Colégio Estadual 13 de Maio por volta das 7h35 do dia do crime. Ele pulou o muro. Com a arma em mãos e com um máscara que cobria o rosto, ele encontrou a vítima em uma sala de aula e disparou contra a jovem. Ela morreu na hora. O suspeito conseguiu fugir, mas foi detido pouco depois por policiais militares.
Nos primeiros depoimentos à Polícia Civil (PC) e vídeos gravados, ele não demonstrou arrependimento do crime. Misael contou que trabalhou durante um ano para comprar a arma e premeditou o crime porque odiava Raphaella. O acusado é ex-aluno da instituição escolar e disse que sabia tudo sobre a adolescente. Após o crime, o juiz determinou a conversão da prisão em preventiva.
Após audiência de custódia ele declarou estar arrependido do crime e confessou que no dia do ataque entrou em contato com a vítima e lhe fez ameaças. Raphaella, segundo parentes, evitava Misael nas redes sociais. O corpo da jovem foi enterrado no dia seguinte ao crime, no Cemitério Campo da Saudade sob forte comoção de amigos e familiares. O velório aconteceu na igreja frequentada pela família, Assembleia de Deus Ministério Madureira.
As aulas no colégio foram suspensas durante uma semana. Ao todo, quatro pessoas foram indiciadas pelo crime. Além de Misael e Davi, também foram indiciados Wilkennedy Gomes dos Santos e José Alberto Moreira dos Santos. Os dois são suspeitos de terem vendido a arma usada por Misael.